Envolvidos em investigação da Polícia Civil do Distrito Federal sobre supostos desvios de recursos, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, e o diretor-executivo de Desenvolvimento Social, Éder Melo, entregaram seus cargos na noite de terça-feira.
Segundo a fundação, Streit e Melo, ambos filiados ao PT e funcionários de carreira do Banco do Brasil, pediram aposentadoria. Streit foi candidato do partido ao governo de Rondônia nas eleições de 2010, mas saiu derrotado. Seu substituto ainda não foi definido.
A Fundação BB é alvo de investigação sigilosa, ainda em curso, conduzida pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF. A polícia chegou a apreender CDs e documentos no gabinete de Streit na fundação.
As apurações tiveram início após denúncia feita por uma servidora da fundação, que está sob proteção policial. A suspeita é de que recursos repassados pela fundação a ONGs tenham sido desviados. Não há informações sobre o montante supostamente desviado.
As investigações não se limitam à gestão de Jorge Streit, que está no cargo. As suspeitas se iniciaram em contratos e convênios firmados ainda na gestão de Jacques Pena, também do PT e ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), controlado pelo governo do Distrito Federal.
Conforme reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", ONGs controladas ou ligadas a parentes de Pena foram beneficiadas por convênios milionários com a fundação.
Com dinheiro do Banco do Brasil e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a fundação apoia projetos na área de desenvolvimento sustentável de comunidades pobres.
No último sábado, a Fundação BB, em nota, informou que a aplicação de seus recursos não é pautada por "relações político-partidárias ou pessoais". Ainda de acordo com a fundação, a prestação de contas da instituição referente ao exercício de 2012 foi aprovada.
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