ACM Neto
Antônio Imbassahy
BA
CCR
César Borges
CPC
CTS
DEM
Dilma Rousseff
Jaques Wagner
João Henrique Carneiro
Luiz Inácio Lula da Silva
Metrô
obra
Paulo Souto
PDT
PMDB
PT
Salvador
TCU
Dilma assina contrato de obra de metrô que começou há 13 anos, já custou R$ 1 bi e nunca funcionou
Marcelo Barreto
Do UOL, em Salvador
A presidente Dilma Rousseff (PT) estará em Salvador, nesta terça-feira (15), para participar da cerimônia de assinatura do contrato para conclusão da linha 1 e início da construção da linha 2 do metrô da capital baiana. A obra começou há 13 anos, consumiu R$ 1 bilhão, mas o metrô nunca entrou em operação.
Desde que foi anunciada, de 2000 até aqui, três presidentes -- Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (2003-2010) e Dilma -- estiveram em Salvador para participar de eventos ligados à obra.
Ao longo desses 13 anos, quatro governadores eleitos também estiveram em eventos do metrô que continua parado: César Borges (DEM), de 1999 a 2002; Otto Alencar (PL), de 2002 a 2003; Paulo Souto (DEM), de 2003 a 2007; e Jaques Wagner (PT), de 2007 até agora.
Já pela gestão municipal passaram três prefeitos. Antônio Imbassahy (PFL na época, PMDB depois), idealizador do projeto, de 1997 a 2005; João Henrique Carneiro (PDT), de 2005 até 2013; e ACM Neto (DEM), desde janeiro de 2013. Os partidos são referentes aos que os políticos estavam quando passaram pelos cargos.
Aposta
A obra é tida como uma das apostas do governo federal para alavancar a aceitação dos baianos nas eleições de 2014. As obras estão paralisadas desde março de 2012, quando foi concluída a construção da central de energia que vai alimentar o sistema. A obra já alcançou três gestões municipais sem que fosse concluída.
O TCU (Tribunal de Contas da União) apura ainda denúncias de superfaturamento e desvio de recursos.
No último dia 10 de outubro foi autorizada uma auditoria nas obras, que terá a duração de dois meses. A equipe do Metrô de Madri, empresa escolhida para realizar a inspeção, vai avaliar as instalações e os trens para sugerir ajustes nos 6 km construídos até agora.
O grupo espanhol vai atuar junto aos técnicos da CTS (Companhia de Transporte do Salvador), empresa estatal criada para operar o modal, e da CPC, concessionária que venceu a licitação do sistema.
A obra agora adotará o modelo de PPP (Parceria Público-Privada) e com investimento de R$ 3,6 bilhões, as intervenções envolvem os dois primeiros trechos a serem entregues em 2014: da Lapa ao Retiro (6,6 km), em junho; e da Lapa até Pirajá (5,6 km), em dezembro. Desde que começou, só o poder público era quem era responsável pelo projeto.
Previsto no cronograma de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014, apenas o trecho Lapa-Retiro deve começar a funcionar antes do mundial.
O metrô será dividido pela linha 1, chegando até Águas Claras-Cajazeiras, e linha 2, que terá o maior trecho (24,2 km e 13 estações), ligando a Estação Bonocô até o aeroporto, em Lauro do Freitas, passando pela Avenida Paralela, uma das principais da capital.
O contrato será assinado com a CPC (Companhia de Participações em Concessões), controlada pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), empresa responsável pela implantação e operação do equipamento. A previsão era de que o início das obras ocorresse em outubro, mas o prazo foi adiado para novembro.
A CPC foi a única a fazer uma oferta, de 127,6 milhões de reais, para participar da licitação. A empresa deverá operar todo o sistema por um período de 30 anos e investirá cerca de R$ 1,4 bilhão, montante a ser obtido por meio de financiamentos.
Elefante branco
Com 6 km de extensão, o menor metrô do Brasil custou até agora mais do que o dobro do orçamento e já levou quatro vezes o tempo previsto para o fim das obras.
Os trens foram comprados em 2008. São seis composições e 24 vagões que custaram cerca de R$ 100 milhões. Se entrassem hoje em operação, os custos com revisão dos equipamentos teriam de ser bancados pelo gestor do sistema, pois a garantia do fabricante, uma indústria coreana, está vencida.
As quatro estações, duas subterrâneas e duas elevadas na superfície, também estão em processo de deteriorização.
Após o início das construções, engenheiros descobriram que o metrô passaria por cima do canal da rede de esgoto. O ajuste aumentou o custo da obra em 20%.
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Do UOL, em Salvador
A presidente Dilma Rousseff (PT) estará em Salvador, nesta terça-feira (15), para participar da cerimônia de assinatura do contrato para conclusão da linha 1 e início da construção da linha 2 do metrô da capital baiana. A obra começou há 13 anos, consumiu R$ 1 bilhão, mas o metrô nunca entrou em operação.
Desde que foi anunciada, de 2000 até aqui, três presidentes -- Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (2003-2010) e Dilma -- estiveram em Salvador para participar de eventos ligados à obra.
Ao longo desses 13 anos, quatro governadores eleitos também estiveram em eventos do metrô que continua parado: César Borges (DEM), de 1999 a 2002; Otto Alencar (PL), de 2002 a 2003; Paulo Souto (DEM), de 2003 a 2007; e Jaques Wagner (PT), de 2007 até agora.
Já pela gestão municipal passaram três prefeitos. Antônio Imbassahy (PFL na época, PMDB depois), idealizador do projeto, de 1997 a 2005; João Henrique Carneiro (PDT), de 2005 até 2013; e ACM Neto (DEM), desde janeiro de 2013. Os partidos são referentes aos que os políticos estavam quando passaram pelos cargos.
Aposta
A obra é tida como uma das apostas do governo federal para alavancar a aceitação dos baianos nas eleições de 2014. As obras estão paralisadas desde março de 2012, quando foi concluída a construção da central de energia que vai alimentar o sistema. A obra já alcançou três gestões municipais sem que fosse concluída.
O TCU (Tribunal de Contas da União) apura ainda denúncias de superfaturamento e desvio de recursos.
No último dia 10 de outubro foi autorizada uma auditoria nas obras, que terá a duração de dois meses. A equipe do Metrô de Madri, empresa escolhida para realizar a inspeção, vai avaliar as instalações e os trens para sugerir ajustes nos 6 km construídos até agora.
O grupo espanhol vai atuar junto aos técnicos da CTS (Companhia de Transporte do Salvador), empresa estatal criada para operar o modal, e da CPC, concessionária que venceu a licitação do sistema.
A obra agora adotará o modelo de PPP (Parceria Público-Privada) e com investimento de R$ 3,6 bilhões, as intervenções envolvem os dois primeiros trechos a serem entregues em 2014: da Lapa ao Retiro (6,6 km), em junho; e da Lapa até Pirajá (5,6 km), em dezembro. Desde que começou, só o poder público era quem era responsável pelo projeto.
Previsto no cronograma de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014, apenas o trecho Lapa-Retiro deve começar a funcionar antes do mundial.
O metrô será dividido pela linha 1, chegando até Águas Claras-Cajazeiras, e linha 2, que terá o maior trecho (24,2 km e 13 estações), ligando a Estação Bonocô até o aeroporto, em Lauro do Freitas, passando pela Avenida Paralela, uma das principais da capital.
O contrato será assinado com a CPC (Companhia de Participações em Concessões), controlada pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), empresa responsável pela implantação e operação do equipamento. A previsão era de que o início das obras ocorresse em outubro, mas o prazo foi adiado para novembro.
A CPC foi a única a fazer uma oferta, de 127,6 milhões de reais, para participar da licitação. A empresa deverá operar todo o sistema por um período de 30 anos e investirá cerca de R$ 1,4 bilhão, montante a ser obtido por meio de financiamentos.
Elefante branco
Com 6 km de extensão, o menor metrô do Brasil custou até agora mais do que o dobro do orçamento e já levou quatro vezes o tempo previsto para o fim das obras.
Os trens foram comprados em 2008. São seis composições e 24 vagões que custaram cerca de R$ 100 milhões. Se entrassem hoje em operação, os custos com revisão dos equipamentos teriam de ser bancados pelo gestor do sistema, pois a garantia do fabricante, uma indústria coreana, está vencida.
As quatro estações, duas subterrâneas e duas elevadas na superfície, também estão em processo de deteriorização.
Após o início das construções, engenheiros descobriram que o metrô passaria por cima do canal da rede de esgoto. O ajuste aumentou o custo da obra em 20%.
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