De Bali (Indonésia)
A corrupção no setor público no Brasil é percebida como sendo maior do que em países como Lesoto, Botswana ou Brunei, mas menor do que em grandes parceiros emergentes como China, India e Rússia.
É a conclusão do Índice de Percepção de Corrupção 2013, que a ONG Transparência Internacional publica hoje. O Brasil aparece em 72ª posição entre 177 nações com nota 42 numa escala indo de 0 (país percebido como sendo extremamente corrupto) a 100 (percebido como muito pouco corrupto).
Em relação a 2012, quando ficou em 69º, o sentimento é de que o Brasil piora, mesmo quando alguns envolvidos no escândalo do mensalão não só foram condenados, como começam a cumprir penas de prisão.
Para Alejandro Salas, diretor para Américas da Transparência Internacional, a visão sobre o Brasil é a mesma em relação a muitos países que investem em legislação anticorrupção, mas que na prática nem sempre combatem o tráfico de influência, abuso de poder, comissões ocultas, transações secretas, para fornecer contratos do setor público.
O ranking se baseia em outras pesquisas de organizações internacionais, junto a empresários, analistas e outras fontes. O acesso a documentos administrativos e controle do comportamento dos eleitos são elementos determinantes para obter bom resultado. Em contrapartida, a incapacidade do governo a prestar contas aos cidadãos e a ineficácia das instituições públicas são percebidas como especialmente negativas.
Mais de dois terços dos 177 países estudados tem nota inferior a 50. "O índice demonstra que todos os países são ainda confrontados aos riscos de corrupção em todos os níveis da administração, desde fornecimento de autorização local à aplicação de leis e regulamentos", diz em comunicado Huguette Labelle, presidente da ONG sediada em Berlim.
Salas constata que suborno não tem a ver com nível de desenvolvimento do país. "Na Alemanha nem passa pela cabeça se corromper um policial, como ocorre em país como o México, mas ao mesmo tempo empresas como a Siemens dão suborno para obter contratos no exterior", exemplifica.
A corrupção no setor público no Brasil é percebida como sendo maior do que em países como Lesoto, Botswana ou Brunei, mas menor do que em grandes parceiros emergentes como China, India e Rússia.
É a conclusão do Índice de Percepção de Corrupção 2013, que a ONG Transparência Internacional publica hoje. O Brasil aparece em 72ª posição entre 177 nações com nota 42 numa escala indo de 0 (país percebido como sendo extremamente corrupto) a 100 (percebido como muito pouco corrupto).
Em relação a 2012, quando ficou em 69º, o sentimento é de que o Brasil piora, mesmo quando alguns envolvidos no escândalo do mensalão não só foram condenados, como começam a cumprir penas de prisão.
Para Alejandro Salas, diretor para Américas da Transparência Internacional, a visão sobre o Brasil é a mesma em relação a muitos países que investem em legislação anticorrupção, mas que na prática nem sempre combatem o tráfico de influência, abuso de poder, comissões ocultas, transações secretas, para fornecer contratos do setor público.
O ranking se baseia em outras pesquisas de organizações internacionais, junto a empresários, analistas e outras fontes. O acesso a documentos administrativos e controle do comportamento dos eleitos são elementos determinantes para obter bom resultado. Em contrapartida, a incapacidade do governo a prestar contas aos cidadãos e a ineficácia das instituições públicas são percebidas como especialmente negativas.
Mais de dois terços dos 177 países estudados tem nota inferior a 50. "O índice demonstra que todos os países são ainda confrontados aos riscos de corrupção em todos os níveis da administração, desde fornecimento de autorização local à aplicação de leis e regulamentos", diz em comunicado Huguette Labelle, presidente da ONG sediada em Berlim.
Salas constata que suborno não tem a ver com nível de desenvolvimento do país. "Na Alemanha nem passa pela cabeça se corromper um policial, como ocorre em país como o México, mas ao mesmo tempo empresas como a Siemens dão suborno para obter contratos no exterior", exemplifica.
Os países com melhores resultados mostram que a transparência impulsiona o poder público a dar mais informação aos cidadãos, permitindo frear a corrupção, acredita Labelle.
Pelo índice, o setor público em países como Uruguai (19º) e Chile (22º) são percebidos como menos corruptos que o brasileiro. No geral, os emergentes são vistos como mais corruptos que as principais nações industrializadas reunidas no G-7. A China fica na 80ª posição, a Índia na 94ª e a Rússia no 127ª lugar.
Os países mais "limpos" incluem Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia. Já os campeões da corrupção têm a coincidência de estarem diplomaticamente isolados ou emergindo de conflitos, como Iraque, Líbia, Sudão do Sul, Afeganistão, Coreia do Norte e Somália.
O fluxo financeiro ilícito, incluindo corrupção, suborno, roubo e evasão de dividas em países em desenvolvimento é estimado em US$ 1,2 trilhão por ano, equivalente às economias da Suíça, África do Sul e Bélgica juntos, conforme o Banco Mundial.
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