Site do órgão traz 43 relatórios feitos por diplomatas entre 1967 e 1977.
Há informes sobre Stuart Angel, torturas, roubos a bancos e lista de presos.
Filipe Matoso
Do G1, em Brasília
A Comissão Nacional da Verdade disponibilizou nesta quarta-feira (2) para consulta documentos do governo dos Estados Unidos sobre o período do regime militar no Brasil. Ao todo, são 43 memorandos, relatórios e telegramas produzidos entre janeiro de 1967 e dezembro de 1977 por diplomatas que viviam no Brasil com informações e análises da situação política e social da época.
Todos os documentos foram digitalizados e estão disponíveis no site da comissão (acesse aqui).
Entre os papéis, constam relatórios sobre a morte do filho da estilista Zuzu Angel, Stuart Angel, investigações sobre tortura, roubos a bancos, informações sobre o discurso do então presidente Emilio Médici, em 1964, e relação de presos políticos.
Os documentos pertencem ao Departamento de Estado, órgão do governo americano responsável pelas relações externas dos EUA, e foram enviados à Comissão da Verdade no dia 20 de junho. Segundo a comissão, 18 desses documentos se tornaram acessíveis em 19 de maio deste ano e os outros 25, entre os anos de 2005 e 2009.
Nessas datas, o governo americano retirou o caráter sigiloso desses documentos, permitindo a qualquer cidadão no país acessá-los a partir de um pedido, feito por meio da Lei de Liberdade à Informação, encaminhado ao Departamento de Estado. A Embaixada dos EUA não soube informar, no entanto, se os relatórios entregues ao governo brasileiro já haviam sido acessados.
O compartilhamento das informações já havia sido anunciado pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, durante visita a Brasília. Na ocasião, ele se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e afirmou a jornalistas, após o encontro, que os documentos seriam enviados ao Brasil.
Em nota, a CNV informou ainda ter recebido com "satisfação" a iniciativa do governo norte-americano de disponibilziar os documentos para consulta. Segundo a comissão, os relatórios serão analisados pelos pesquisadores. Procurada, a assessoria informou que não há prazo para a conclusão dos trabalhos.
A Comissão Nacional da Verdade disponibilizou nesta quarta-feira (2) para consulta documentos do governo dos Estados Unidos sobre o período do regime militar no Brasil. Ao todo, são 43 memorandos, relatórios e telegramas produzidos entre janeiro de 1967 e dezembro de 1977 por diplomatas que viviam no Brasil com informações e análises da situação política e social da época.
Todos os documentos foram digitalizados e estão disponíveis no site da comissão (acesse aqui).
Entre os papéis, constam relatórios sobre a morte do filho da estilista Zuzu Angel, Stuart Angel, investigações sobre tortura, roubos a bancos, informações sobre o discurso do então presidente Emilio Médici, em 1964, e relação de presos políticos.
Os documentos pertencem ao Departamento de Estado, órgão do governo americano responsável pelas relações externas dos EUA, e foram enviados à Comissão da Verdade no dia 20 de junho. Segundo a comissão, 18 desses documentos se tornaram acessíveis em 19 de maio deste ano e os outros 25, entre os anos de 2005 e 2009.
Nessas datas, o governo americano retirou o caráter sigiloso desses documentos, permitindo a qualquer cidadão no país acessá-los a partir de um pedido, feito por meio da Lei de Liberdade à Informação, encaminhado ao Departamento de Estado. A Embaixada dos EUA não soube informar, no entanto, se os relatórios entregues ao governo brasileiro já haviam sido acessados.
O compartilhamento das informações já havia sido anunciado pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, durante visita a Brasília. Na ocasião, ele se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e afirmou a jornalistas, após o encontro, que os documentos seriam enviados ao Brasil.
Em nota, a CNV informou ainda ter recebido com "satisfação" a iniciativa do governo norte-americano de disponibilziar os documentos para consulta. Segundo a comissão, os relatórios serão analisados pelos pesquisadores. Procurada, a assessoria informou que não há prazo para a conclusão dos trabalhos.
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