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TCU volta a adiar análise de bloqueio de bens de Graça Foster

Processo está ligado à investigação de compra da refinaria de Pasadena.
Tribunal apontou prejuízo de US$ 792,3 milhões com operação, de 2006.


Fábio Amato
Do G1, em Brasília

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge voltou a retirar de pauta, nesta quarta-feira (20), o processo que pode levar ao bloqueio de bens da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, por participar das decisões sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006. De acordo com o tribunal, o negócio causou à Petrobras um prejuízo estimado em US$ 792,3 milhões.

Jorge disse que o adiamento será por uma semana e, portanto, o processo deve voltar para análise do plenário do TCU na próxima quarta (27). Ele optou pela retirada de pauta para analisar informação publicada pelo jornal "O Globo" que afirma que Graça Foster e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, doaram imóveis aos parentes depois que estourou o escândalo envolvendo a refinaria de Pasadena.

O julgamento, pelos ministros do TCU, da inclusão de Graça Foster entre os suspeitos de responsabilidade pelo prejuízo com compra de Pasadena estava previsto inicialmente para ocorrer em 6 de agosto. Se aprovada, levaria ao bloqueio de bens da presidente da Petrobras.

Entretanto, o processo foi retirado de pauta pelo seu relator, ministro José Jorge, depois de intervenção do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que usou a tribuna do TCU para dizer que a indisponibilidade dos bens de Graça Foster afetaria a imagem da Petrobras e poderia levar a prejuízos.

Decisão corrigida

No final de julho, o tribunal decidiu bloquear os bens de 11 atuais e ex-executivos da estatal suspeitos de participar da decisão de compra da refinaria, em 2006. A medida visa garantir recursos para ressarcir a Petrobras, caso eles sejam condenados ao fim da investigação. Entre os 11 atingidos está o antecessor de Graça Foster na presidência da empresa, José Sérgio Gabrielli.

Em 6 de agosto, José Jorge apresentou uma correção da primeira decisão para incluir o nome de Graça Foster entre os suspeitos. De acordo com o ministro, houve erro na relação dos agentes apontados como envolvidos com a compra de Pasadena.

De acordo com ele, Graça Foster já fazia parte da diretoria executiva da Petrobras, no cargo de diretora de Gás e Energia, durante o final das negociações que resultaram na compra, pela empresa brasileira, de 100% da refinaria. Por isso, ela seria suspeita de responsabilidade pelo prejuízo.


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