Paulinho diz que governo ofereceu R$2 milhões para apoiar Dilma
Diário do Poder
Um dos principais críticos do governo federal, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), acusou o Palácio do Planalto, sem apresentar qualquer prova, de oferecer R$ 2 milhões para um deputado votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e R$ 400 mil para outro faltar à votação, prevista para acontecer entre os próximos dias 15 e 17. Ele fez as acusações em entrevista na manhã desta terça-feira, 5, mas recusou-se a dizer quem foram os alvos das supostas investidas do governo.
Paulo Pereira fez as acusações em entrevista na manhã desta terça-feira, 5, mas recusou-se a dizer quem foram os alvos das supostas investidas do governo (Foto: Estadão Conteúdo) |
Inicialmente, o deputado foi questionado sobre a intenção do governo de negociar cargos agora, mas só entregá-los após a votação do impeachment. “Mais ou menos o que o PT faz a vida toda: engana todo mundo. Então, os parlamentares que estão neste troca-troca, têm que saber disso, que o governo oferece, mas não cumpre”, afirmou.
Em seguida, emendou: “Até porque, se cumprir, imagina como será depois. Pagar R$ 400 mil para um deputado ficar em casa para não vir votar. Em seguida, como ela governa o Brasil com menos de 171 votos? Ou seja, caos no País”, disse Paulinho, em entrevista gravada, no final desta manhã. Em seguida, questionado sobre a denúncia, reafirmou que “está oferecendo” o valor a um deputado e completou afirmando que “ontem, ofereceram R$ 2 milhões para um deputado só”. Abordado pelos jornalistas, disse que o valor era para que se votasse contra o impedimento da petista.
Mesmo sob insistência dos jornalistas, Paulinho recusou-se a dizer quem eram os deputados supostamente abordados por interlocutores do Palácio do Planalto.
O presidente do Solidariedade disse ainda que, a partir desta quinta-feira, 7, partidos de oposição colocarão carros de som diante das residências de deputados que se dizem indecisos e daqueles contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, há 39 indecisos e entre 90 e 95 contra o impedimento.
Paulinho disse que os partidos de oposição irão arcar com os custos dos carros de som na frente das moradias nos Estados e em Brasília. “Não sei como pagar ainda, mas, provavelmente, com fundo partidário”, afirmou nesta manhã. (AE)
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