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PF usou dados da Lava Jato para deflagrar Turbulência

Investigações sobre avião usado por Campos deflagraram operação


Diário do Poder

A Polícia Federal informou nesta terça-feira, 21, que a Operação Turbulência contou com informações compartilhadas da Operação Lava Jato. Segundo a PF em Pernambuco, base da Turbulência – deflagrada a partir das investigações sobre o avião que era usado por Eduardo Campos, ex-candidato à Presidência que morreu em acidente aéreo em agosto de 2014 -, foram utilizados dados reunidos pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e também no âmbito da Procuradoria-Geral da República, cujos alvos são políticos com foro privilegiado. 



 

Quatro empresários já foram presos nesta terça. Um deles iria embarcar para Miami. A PF encontrou com ele US$ 10 mil no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário João Carlos Lyra também foi preso em São Paulo. Está foragido o empresário Paulo César de Barros Morato. A PF confiscou, com autorização judicial, três aeronaves da organização criminosa, avaliadas em R$ 9 milhões. Quatro automóveis de luxo foram apreendidos.

Turbulência mira em um grupo especializado em lavagem de dinheiro, sediado em Pernambuco e Goiás, que teria lavado mais de R$ 600 milhões desde 2010. O grupo é suspeito de abastecer caixa 2 de empreiteiras. O delegado Marcelo Diniz Cordeiro, superintendente da PF em Pernambuco, afirmou que Turbulência reúne diversos documentos da Lava Jato que permitiram a identificação de empresas fantasmas que, segundo ele, contribuíram até para a aquisição da aeronave que era usada por Campos em sua campanha.

A investigação aponta para a OAS, uma das principais empreiteiras do cartel que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014, período em que foi montado esquema de propinas a deputados, senadores, governadores e ex-dirigentes da estatal petrolífera. Uma empresa fantasma descoberta pela Turbulência recebeu valores da OAS no âmbito das obras de transposição do rio São Francisco. A PF identificou um repasse de R$ 18 milhões para a OAS – parte desse valor passou por conta da empresa de fachada.

A PF destacou que empresas fantasmas citadas por delações premiadas na Lava Jato em Curitiba e em Brasília foram usadas por operadores envolvidos na Operação Turbulência. A PF destacou que o alvo são os operadores que faziam a captação de recursos e distribuíam propinas a políticos. Em nome deles e em nome de familiares existem empresas fantasmas registradas também no Uruguai. (AE)



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