O prefeito da cidade ainda não cumpriu decisão judicial que mandou abrir a caixa-preta onde os números são mantidos em segredo
Elizeu Pires
De acordo com o sistema da Prefeitura de Casimiro de Abreu os gastos diretos do governo entre janeiro de 2014 a agosto deste ano somaram cerca de R$ 500 milhões, mas as despesas feitas com recursos do Fundo Municipal de Saúde não aparecem de jeito algum, com o prefeito Antonio Marcos Lemos ignorando solenemente a Lei da Transparência e, mais recentemente, uma decisão judicial que lhe deu 15 dias de prazo para mostrar todos os dados referentes a licitações, contratos, empenhos e pagamentos efetuados pelo setor, inclusive os gastos com a terceirização da gestão do hospital municipal e de algumas unidades de atendimento. Já se passou mais de um mês desde a decisão tomada pelo juiz Rafael Azevedo Ribeiro Alves (da Vara Única de Casimiro de Abreu) e caixa-preta da Saúde continua trancada, o que faz os mais atentos a indagarem: “O que prefeito tem a esconder?”
Antonio Marcos e Edson Mangefesti tem deixado de expor os gastos com recursos do setor de Saúde |
O sistema da administração municipal mostra que os gastos diretos este ano chegaram a R$ 98.384.706,54 até o dia 31 de agosto, ao total de R$ 161.539.216,53 no ano passado e somaram R$ 207.516.829,59 em 2014, mas não revela qualquer informação sobre as despesas feitas através da Secretaria de Saúde, que é comandada pelo secretário Edson Mangefesti, que também preside o Fundo Municipal de Saúde.
Apesar das cobranças e do estipulado por lei, o prefeito e o secretário não prestam qualquer esclarecimento e se fecham mais ainda quando os questionamentos são sobre a contratação do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), feita em 2013 ao custo inicial de R$ 55 milhões.
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