caça-níqueis
Carlinhos Cachoeira
Carlos Alberto Leréia da Silva
Carlos Augusto de Almeida Ramos
denúncia
Goiás
mensalinho
Ministério Público
MPF
Operação Monte Carlo
PSDB
Contraventor pagou 'mensalinho' para ex-deputado, diz documento.
Do G1 GO
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) ofereceu denúncia contra o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-deputado federal Carlos Alberto Leréia da Silva (PDSB-GO). O empresário é acusado do crime de corrupção ativa e o político, de corrupção passiva.
De acordo com a denúncia, feita na útlima sexta-feira (21), ao longo do ano de 2011, Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma máfia de caça-níqueis desarticulada pela Operação Monte Carlo, pagou ao então deputado Alberto Leréia uma espécie de "mensalinho".
Conforme o MPF-GO, o político recebia, quase que mensalmente, valores entre R$ 20 mil e R$ 25 mil, para beneficiar a organização criminosa comandada por Cachoeira.
Segundo as investigações, em ao menos cinco vezes diferentes, o ex-parlamentar usou de sua posição e conexões políticas para favorecer aos interesses do contraventor. A relação dos dois era tão íntima que o Cachoiera chegou a fornecer seu cartão de crédito pessoal além de senha a Leréia, diz a denúncia. Esse fato, descoberto em abril de 2012, relacionou, pela primeira vez, os dois denunciados.
O documento pontua ainda que os pagamentos eram realizados para que Leréia usasse seu mandato para "atender aos interesses particulares e, muitas vezes, ilícitos de Cachoeira". Na prática, conforme o MPF/GO, Cachoeira "alugou o mandato do amigo Leréia, mediante propina".
O advogado de Cachoeira, Cléber Lopes, informou à TV Anhanguera que ainda não foi informado da acusação e que, por isso, não iria se posicionar a respeito do caso. Já Carlos Alberto Leréia da Silva disse que não vai se posicionar sobre o caso.
O PSDB Goiás informou ao G1 que não vai se posicionar sobre o caso.
Indicações
Ainda de acordo com o MPF/GO, Cachoeira solicitou a Leréia que conseguisse a nomeação em cargos públicos para o governo de Goiás, pedidos atendidos pelo então político.
Nos autos constam que Leréia já confessou em depoimento que "se valia de seu mandato de deputado federal" para solicitar ao Governo de Goiás nomeações ou manutenção de alguns cargos. Na ocasião, ele afirmou que "é bastante comum" políticos receberem pedidos de várias pessoas solicitando empregos na administração estadual.
Neste contexto, Lereia pontuou que, "quando lícito", encaminhava, via ofício, solicitações para contratação ou manutenção de algum servidor no cargo.
A assessoria de imprensa do Governo de Goiás informou ao G1 por meio de nota que “as nomeações de servidores em cargos de confiança no Governo de Goiás são efetuadas seguindo critérios estritamente técnicos, de acordo com a qualificação exigida para cada função”.
Ainda conforme o texto, “diante da ausência de elementos que confirmassem a denúncia de tráfico de influência no âmbito da administração estadual, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta em 2012 no Congresso Nacional arquivou o relatório final da apuração”.
Operação Monte Carlo
Acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, Cachoeira já havia sido preso em fevereiro de 2012, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal. Ele ganhou liberdade em 11 de dezembro do mesmo ano.
A operação revelou ligação entre o contraventor e o ex-senador goiano Demóstenes Torres (DEM). De acordo com o MPF, o ex-parlamentar é acusado de prática de corrupção e advocacia administrativa em favor de Cachoeira.
Desde então, Cachoeira já foi condenado pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. A última condenação foi no dia 23 de setembro, por violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ele responde aos crimes em liberdade.
No dia 30 de junho deste ano, Cachoeira foi novamente preso, no condomínio de luxo onde mora, em Goiânia, durante a Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve como objetivo prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. Ele foi solto no dia 17 de agosto.
Leréia
Em abril de 2014, O plenário da Câmara aprovou, por 353 votos a 26, a suspensão por 90 dias do mandato de Leréia justamente por seu suposto envolvimento com Cachoeira. Na ocasião, ele era alvo de processo por quebra de decoro parlamentar.
Os deputados optaram por ratificar o parecer do deputado Sérgio Brito (PSC-BA), relator do processo contra Leréia no Conselho de Ética. O relatório era mais brando que o parecer aprovado anteriormente pela Mesa Diretora da Câmara, que recomendava a cassação. Por conta disso, seu suplente na época, Valdivino José de Oliveira (PSDB-GO), foi chamado para assumir o cargo.
Também em 2014, o ex-deputado foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil por danos morais a um segurança do Senado Federal em maio deste ano pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Segundo o processo, ele tentou acessar o plenário do Senado sem se identificar aos seguranças. Abordado por um dos funcionários, ele teria respondido com a frase: "Aí, seu... Vai procurar um pau para subir"
Em fevereiro de 2015, Leréia assumiu a presidência do da Agência Brasil Central (ABC), mas saiu em maio deste ano para disputar a prefeitura de Minaçu. No entanto, ele perdeu a eleição.
MPF/GO denuncia Carlinhos Cachoeira e Leréia por corrupção
Contraventor pagou 'mensalinho' para ex-deputado, diz documento.
Segundo denúncia, valor da propina mensal chegava a R$ 25 mil.
Do G1 GO
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) ofereceu denúncia contra o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-deputado federal Carlos Alberto Leréia da Silva (PDSB-GO). O empresário é acusado do crime de corrupção ativa e o político, de corrupção passiva.
Segundo MPF/GO, Leréia recebia 'mensalinho' de Cachoeira (Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara) |
De acordo com a denúncia, feita na útlima sexta-feira (21), ao longo do ano de 2011, Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma máfia de caça-níqueis desarticulada pela Operação Monte Carlo, pagou ao então deputado Alberto Leréia uma espécie de "mensalinho".
Conforme o MPF-GO, o político recebia, quase que mensalmente, valores entre R$ 20 mil e R$ 25 mil, para beneficiar a organização criminosa comandada por Cachoeira.
Segundo as investigações, em ao menos cinco vezes diferentes, o ex-parlamentar usou de sua posição e conexões políticas para favorecer aos interesses do contraventor. A relação dos dois era tão íntima que o Cachoiera chegou a fornecer seu cartão de crédito pessoal além de senha a Leréia, diz a denúncia. Esse fato, descoberto em abril de 2012, relacionou, pela primeira vez, os dois denunciados.
O documento pontua ainda que os pagamentos eram realizados para que Leréia usasse seu mandato para "atender aos interesses particulares e, muitas vezes, ilícitos de Cachoeira". Na prática, conforme o MPF/GO, Cachoeira "alugou o mandato do amigo Leréia, mediante propina".
O advogado de Cachoeira, Cléber Lopes, informou à TV Anhanguera que ainda não foi informado da acusação e que, por isso, não iria se posicionar a respeito do caso. Já Carlos Alberto Leréia da Silva disse que não vai se posicionar sobre o caso.
O PSDB Goiás informou ao G1 que não vai se posicionar sobre o caso.
Indicações
Ainda de acordo com o MPF/GO, Cachoeira solicitou a Leréia que conseguisse a nomeação em cargos públicos para o governo de Goiás, pedidos atendidos pelo então político.
Nos autos constam que Leréia já confessou em depoimento que "se valia de seu mandato de deputado federal" para solicitar ao Governo de Goiás nomeações ou manutenção de alguns cargos. Na ocasião, ele afirmou que "é bastante comum" políticos receberem pedidos de várias pessoas solicitando empregos na administração estadual.
Neste contexto, Lereia pontuou que, "quando lícito", encaminhava, via ofício, solicitações para contratação ou manutenção de algum servidor no cargo.
A assessoria de imprensa do Governo de Goiás informou ao G1 por meio de nota que “as nomeações de servidores em cargos de confiança no Governo de Goiás são efetuadas seguindo critérios estritamente técnicos, de acordo com a qualificação exigida para cada função”.
Ainda conforme o texto, “diante da ausência de elementos que confirmassem a denúncia de tráfico de influência no âmbito da administração estadual, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta em 2012 no Congresso Nacional arquivou o relatório final da apuração”.
Operação Monte Carlo
Acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, Cachoeira já havia sido preso em fevereiro de 2012, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal. Ele ganhou liberdade em 11 de dezembro do mesmo ano.
A operação revelou ligação entre o contraventor e o ex-senador goiano Demóstenes Torres (DEM). De acordo com o MPF, o ex-parlamentar é acusado de prática de corrupção e advocacia administrativa em favor de Cachoeira.
Desde então, Cachoeira já foi condenado pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. A última condenação foi no dia 23 de setembro, por violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ele responde aos crimes em liberdade.
No dia 30 de junho deste ano, Cachoeira foi novamente preso, no condomínio de luxo onde mora, em Goiânia, durante a Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve como objetivo prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. Ele foi solto no dia 17 de agosto.
Leréia
Em abril de 2014, O plenário da Câmara aprovou, por 353 votos a 26, a suspensão por 90 dias do mandato de Leréia justamente por seu suposto envolvimento com Cachoeira. Na ocasião, ele era alvo de processo por quebra de decoro parlamentar.
Os deputados optaram por ratificar o parecer do deputado Sérgio Brito (PSC-BA), relator do processo contra Leréia no Conselho de Ética. O relatório era mais brando que o parecer aprovado anteriormente pela Mesa Diretora da Câmara, que recomendava a cassação. Por conta disso, seu suplente na época, Valdivino José de Oliveira (PSDB-GO), foi chamado para assumir o cargo.
Também em 2014, o ex-deputado foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil por danos morais a um segurança do Senado Federal em maio deste ano pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Segundo o processo, ele tentou acessar o plenário do Senado sem se identificar aos seguranças. Abordado por um dos funcionários, ele teria respondido com a frase: "Aí, seu... Vai procurar um pau para subir"
Em fevereiro de 2015, Leréia assumiu a presidência do da Agência Brasil Central (ABC), mas saiu em maio deste ano para disputar a prefeitura de Minaçu. No entanto, ele perdeu a eleição.
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