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Mulher de Sérgio Cabral é suspeita de ocultar patrimônio ilícito do marido

Firma de advocacia de Adriana Ancelmo teria lavado dinheiro de corrupção.
Segundo o MP, entidade patronal pagou mais de R$ 13 milhões a escritório.


Do G1 Rio

 
O escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do estado do Rio, também está na mira do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é de que Adriana pode ter ocultado proveitos da atividade criminosa do marido, o ex-governador Sérgio Cabral, preso na quinta-feira (17).

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Adriana Ancelmo e Sérgio Cabral


Segundo os promotores, o escritório de Adriana teve um crescimento vertiginoso durante os dois mandatos de Cabral. Alguns pagamentos chamaram a atenção do MPF por envolver empresas suspeitas de lavar dinheiro para a organização criminosa: o escritório recebeu quase R$ 2 milhões das empresas Reginaves e Hotel Portobello.

Ainda segundo os investigadores, o escritório da ex-primeira-dama também recebeu dinheiro de quatro concessionárias de serviços públicos. Juntas, Metrô Rio, CEG, Oi/Telemar e Light pagaram quase R$ 17 milhões.

Também chamou a atenção dos procuradores o assombroso volume de dinheiro que a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) desembolsou para o escritório de Adriana Ancelmo entre 2013 e 2016: mais de R$ 13 milhões.

Segundo o MPF, esse valor supera a soma de todos os clientes nos anos anteriores a 2013. Há um pedido de investigação do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a contratação de escritórios de advocacia pela Fecomércio.

As defesas de Sérgio Cabral e de Adriana Ancelmo não quiseram se pronunciar.

Em nota, o diretor de comunicação da Light, Guilherme Calvi, informa que o escritório Ancelmo Advogados, da ex-primeira-dama do estado, presta serviço para a empresa na área trabalhista, pelo qual recebe R$ 34.584 por mês, ou R$ 35,29 por processo.

Ainda segundo o diretor da Light, o valor é o mesmo pago a outros escritórios da área trabalhista que também prestam serviços à distribuidora de energia. "Não há, portanto, distinção ou favorecimento ao escritório em questão", diz a nota.

Já a CEG, em sua defesa, esclarece que mantém contratos com mais de 25 escritórios de advocacia e que o escritório Ancelmo Advogados presta serviços à empresa há cerca de dois anos, exclusivamente em ações do Juizado de Pequenas Causas, questões trabalhistas e recuperação de créditos junto a clientes privados.

Também em nota, o MetrôRio esclarece que o escritório de Adriana Ancelmo não trabalha para a empresa desde 2014 e era um dos 35, de diferentes áreas de especialização, contratados a preços de mercado para processos cíveis e trabalhistas.
 

 

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