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Desvio de R$ 3,5 milhões envolve 17 deputados alagoanos

MP listou suspeitos em rombo milionário, entre eles Luiz Dantas


Davi Soares | Diário do Poder

Além do deputado Marcelo Victor (PSD) e do conselheiro de Contas e ex-presidente do Legislativo de Alagoas Fernando Toledo, outros 15 deputados estaduais e ex-integrantes da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) que atuaram entre 2009 e 2014 também são citados na ação civil por improbidade administrativa que busca responsabilização pelo desvio de R$ 3,5 milhões dos cofres públicos. Folhas extras destinaram mais de 96% dos desvios para servidores laranjas, usuários do Bolsa Família e assessores, todos indicados pelos parlamentares listados, segundo o Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL).


De acordo com relato do MP, o atual presidente Luiz Dantas e outros 16 parlamentares e ex-deputados indicaram servidores para receber pagamentos ilegais (Foto Ascom ALE)

Na ação divulgada nesta quinta-feira (29), o MP de Alagoas antecipa que uma futura ação pode denunciar o atual presidente da ALE, Luiz Dantas (PMDB), e os deputados Dudu Holanda (PSD), Edval Gaia Filho (PSDB), Isnaldo Bulhões Júnior (PMDB), Jeferson Morais (DEM), João Beltrão (PRTB), Joãozinho Pereira (PSDB), Jota Cavalcante (PDT), Marcos Barbosa (PRB), Marquinhos Madeira (PMDB), Maurício Tavares (PTB), Ricardo Nezinho (PMDB), Ronaldo Medeiros (PMDB), Sérgio Toledo (PSC) e Severino Pessoa (PSC).

“Do total de R$ 3.521.469,97, mais de 96% (R$ 3.383.685,37) foram destinados exclusivamente ao pagamento de valores indevidos para servidores comissionados indicados pelos 17 parlamentares beneficiados e autorizados pelos demandados”, afirmou o MP, na ação.

CORRUPÇÃO 'BRUTA'

Nas tais “folhas suplementares” ou “extras” transmitidas à Caixa Econômica Federal, o MP afirma não ter havido descontos ou retenções dos valores devidos a título de Imposto de Renda e Previdência.

“A sanha amoral com que se deram tais desvios foi tão intensa que os pagamentos das malsinadas folhas suplementares consistiram em valores brutos, sem incidência de qualquer desconto legal. Vale ressaltar que o débito produzido pelos parlamentares, ora demandados, com a ajuda dos ‘operadores’ do criminoso esquema, ainda permanece em aberto, em flagrante prejuízo ao povo alagoano, já que tal montante, decorrente de tributos não recolhidos, poderia ter sido utilizado em áreas públicas essenciais, com vistas à mitigação do flagelo de que padece a classe alagoana menos favorecida economicamente”, afirma o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá.

O Diário do Poder entrou em contato com alguns deputados e a assessoria da Assembleia e aguarda seus posicionamentos.


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