funcionário fantasma
Gilmar Mendes
PMDB
STF
Valdir Raupp
Por Fabiano Costa | G1, Brasília
A Justiça Federal de Brasília enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito policial que investiga a suposta contratação de funcionários fantasmas para o gabinete do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
A investigação, que não tem relação com a Lava Jato, foi encaminhada ao Supremo porque, como parlamentar, Raupp tem foro privilegiado. O inquérito será relatado no STF pelo ministro Gilmar Mendes.
Em nota, o advogado de Raupp, Daniel Gerber, afirmou que "a hipótese acusatória não se sustenta e será devidamente esclarecida durante a investigação".
No despacho no qual determinou o envio do inquérito para o Supremo, o juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos relatou que Raupp é investigado por suspeita de ter cometido os crimes de peculato e falsidade ideológica pela suposta “contratação fictícia” de assessores para o gabinete dele no Senado.
Na decisão, o juiz federal explica que, em razão do foro privilegiado do senador, ele se declara “absolutamente incompetente” para analisar o caso e, por isso, ordena o envio do inquérito para o STF.
Lava Jato
Ex-presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp é réu em um dos processos da Lava Jato que tramitam no STF. Nesta ação penal, ele é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O senador do PMDB é suspeito de ter recebido propina de R$ 500 mil por meio de doação oficial para sua campanha ao Senado em 2010.
A PGR acusa Raupp de ter pedido ajuda ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para obter doações eleitorais. Após ser acionado pelo peemedebista, Costa pediu o auxílio do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, relatam os investigadores.
O doleiro Alberto Yousseff, por sua vez, teria acertado com uma assessora de Raupp que a doação seria feita pela construtora Queiroz Galvão, empreiteira que mantinha contratos com a Petrobras.
A denúncia da Procuradoria apresenta registros de um encontro entre o senador de Rondônia e o lobista Fernando Baiano, além de telefonemas entre Maria Cleia com o doleiro Alberto Youssef.
Além disso, os investigadores encontraram na agenda de Paulo Roberto Costa uma anotação que dizia “0,5 WR”. Para os procuradores da República, o registro seria uma referência ao valor repassado a Raupp.
A PGR acredita que a anotação prova que houve pedido de contribuição eleitoral e posterior recebimento de dinheiro desviado de contratos da Petrobras na forma de duas doações ao PMDB de Rondônia.
Juiz envia ao STF inquérito que apura se Valdir Raupp (PMDB) contratou funcionários fantasmas
Senador do PMDB é suspeito de peculato e falsidade ideológica. Juiz federal encaminhou caso ao STF porque Raupp tem foro privilegiado. Defesa disse que acusação 'não se sustenta' e será esclarecida.
Por Fabiano Costa | G1, Brasília
A Justiça Federal de Brasília enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito policial que investiga a suposta contratação de funcionários fantasmas para o gabinete do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) (Foto: Waldemir Barreto - Agência Senado) |
A investigação, que não tem relação com a Lava Jato, foi encaminhada ao Supremo porque, como parlamentar, Raupp tem foro privilegiado. O inquérito será relatado no STF pelo ministro Gilmar Mendes.
Em nota, o advogado de Raupp, Daniel Gerber, afirmou que "a hipótese acusatória não se sustenta e será devidamente esclarecida durante a investigação".
No despacho no qual determinou o envio do inquérito para o Supremo, o juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos relatou que Raupp é investigado por suspeita de ter cometido os crimes de peculato e falsidade ideológica pela suposta “contratação fictícia” de assessores para o gabinete dele no Senado.
Na decisão, o juiz federal explica que, em razão do foro privilegiado do senador, ele se declara “absolutamente incompetente” para analisar o caso e, por isso, ordena o envio do inquérito para o STF.
Lava Jato
Ex-presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp é réu em um dos processos da Lava Jato que tramitam no STF. Nesta ação penal, ele é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O senador do PMDB é suspeito de ter recebido propina de R$ 500 mil por meio de doação oficial para sua campanha ao Senado em 2010.
A PGR acusa Raupp de ter pedido ajuda ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para obter doações eleitorais. Após ser acionado pelo peemedebista, Costa pediu o auxílio do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, relatam os investigadores.
O doleiro Alberto Yousseff, por sua vez, teria acertado com uma assessora de Raupp que a doação seria feita pela construtora Queiroz Galvão, empreiteira que mantinha contratos com a Petrobras.
A denúncia da Procuradoria apresenta registros de um encontro entre o senador de Rondônia e o lobista Fernando Baiano, além de telefonemas entre Maria Cleia com o doleiro Alberto Youssef.
Além disso, os investigadores encontraram na agenda de Paulo Roberto Costa uma anotação que dizia “0,5 WR”. Para os procuradores da República, o registro seria uma referência ao valor repassado a Raupp.
A PGR acredita que a anotação prova que houve pedido de contribuição eleitoral e posterior recebimento de dinheiro desviado de contratos da Petrobras na forma de duas doações ao PMDB de Rondônia.
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