Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi deflagrada nesta sexta-feira (14); mais duas pessoas também foram presas.
Por G1 PR, Curitiba
O ex-diretor da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) Luiz Carlos de Souza foi preso preventivamente nesta sexta-feira (14), de acordo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Além dele, outras duas pessoas foram detidas por suspeita de irregularidades no setor portuário.
Operação à Deriva investiga irregularidades no setor portuário, em Antonina (Foto: Amanda Menezes/ RPC Curitiba) |
A defesa do ex-diretor afirma que ainda não teve acesso aos autos e, portanto, não vai se pronunciar, por enquanto.
Segundo o MP-PR, as prisões desta sexta-feira são um desdobramento de uma investigação que inclui pagamento de propina de um ex-prefeito para vereadores de Antonina. O dinheiro, segundo o MP-PR, vinha do ex-diretor da Appa.
São duas prisões preventivas, ou seja, sem prezo previsto para deixar a prisão, e uma temporária – de cinco dias. Os presos são suspeitos de crimes como corrupção ativa, passiva e associação a organização criminosa. Ainda foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão.
Os mandados são cumpridos, segundo o Gaeco, no Terminal Portuário Ponta do Félix, em um escritório de advocacia, em uma empresa e em seis residências em Antonina, Pontal do Paraná, Paranaguá, Pinhais e Curitiba.
A ação é coordenada pelo Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e recebeu o nome de "Operação à Deriva".
As suspeitas
O caso veio à tona em março deste ano, quando o MP-PR deflagrou uma operação que levou parte do grupo à cadeia. No domingo (2), o programa Fantástico fez uma reportagem especial, contando detalhes da história. Em um dos vídeos obtidos pelo MP-PR, um vereador aparece beijando um maço de dinheiro que recebeu de propina.
As irregularidades apontadas pelo MP-PR na denúncia aconteceram, principalmente, entre os anos de 2013 e 2014. Entre os fatos descritos na denúncia está o pagamento de propina por parte do prefeito aos vereadores, com o objetivo de impedir a abertura de um processo de cassação contra ele.
Os vereadores também são acusados de receber uma espécie de mensalinho do prefeito, para garantir o andamento dos trabalhos da Casa.
Já o ex-diretor da Appa é acusado de financiar as propinas repassadas aos vereadores e também ao prefeito, que seria um dos beneficiários de dinheiro ilegal.
0 $type={blogger}:
Postar um comentário