Há suspeita de que ex-diretores da instituição tenham beneficiado empresa na compra de equipamentos usados para fabricar cédulas de dinheiro.
Por G1 Rio
A Polícia Federal e a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda realizam nesta terça-feira (23) uma operação para investigar irregularidade em um contrato de R$ 300 milhões feito pela Casa da Moeda para comprar equipamentos de fabricação de cédulas de dinheiro.
Sede da Casa da Moeda, no Rio de Janeiro (Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo) |
Segundo o ministério, a suspeita é que ex-diretores da instituição tenham recebido "vantagens indevidas" para favorecer uma empresa na licitação que resultou no contrato. Os nomes dos beneficiados e os montantes que teriam sido recebido por eles não foram divulgados.
Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão em cinco cidades Rio de Janeiro, São Paulo, São José dos Campos (SP), Itajubá (MG) e Brazópolis (MG). Funcionários da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda dão apoio aos agentes.
A ação desta sexta é um desdobramento da Operação Vícios, deflagrada pela PF em julho de 2015, quando foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Rio, em São Paulo e em Brasília, inclusive na Receita Federal e na Casa da Moeda.
Naquela fase, as suspeitas eram de irregularidade semelhante – favorecimento de uma empresa – na contratação do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), que compete à Casa da Moeda. Indícios apontavam para o pagamento de cerca de R$ 100 milhões em propina para servidores e empregados da Casa da Moeda e da Receita Federal.
Em 2016, uma outra operação, batizada de Esfinge, prendeu um auditor-fiscal da Receita que havia sido coordenador-geral de Fiscalização na época em que a licitação foi realizada, e a esposa dele.
Em nota, a Casa da Moeda informou que apoia todas as ações que tenham objetivo de esclarecer fatos relacionados a empresa, que a Operação Vícios começou a partir de uma comunicação da própria instituição, e que a licitação alvo da operação desta sexta-feira foi considerada regular pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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