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Câmara de Silva Jardim (RJ) não fiscaliza governo nem serviço ruim

E prefeita não responde a requerimento de informação


Elizeu Pires

Embora tenha ficado sem um contrato com a Prefeitura de Silva Jardim, por conta de denúncias de irregularidades no processo licitatório, a Compillar Entretenimento Prestadora de Serviços 
– empresa cuja dona, Luana Ferreira Neves foi presa no dia 10 de agosto de 2017 e denunciada pelo Ministério Público em um caso de fraude na Prefeitura de São Gonçalo – não perdeu de zero a disputa pelo serviço de manutenção da iluminação pública. 

Reprodução

É dela pelo menos um dos caminhões usados pela Nova Aliança Construtora. O veículo de placa de São Gonçalo (LPM-0765) está registrado no Detran em nome da Compillar e a atuação da Nova Aliança, a julgar pela quantidade de luminárias apagadas, não é lá essas coisas. Porém, isso não parece preocupar a prefeita Maria Dalva Silva do Nascimento e os membros da Câmara de Vereadores, a quem cabe exigir uma melhor prestação de serviço.

A Nova Aliança foi contratada a partir do Pregão 027/2018, que foi concluído no dia 4 de abril deste ano. A firma foi declarada vencedora mesmo tendo apresentado como atestado de capacitação técnica apenas a instalação de postes e ter ficado em segundo lugar no certame. O menor preço foi oferecido pela Krofman Comércio e Serviços, que acabou desclassificada pela Comissão Permanente de Licitação.

Sem fiscalização 

Até então vice-prefeita, Maria Dalva assumiu o governo no dia 2 de abril com a renúncia do prefeito Anderson Alexandre, que renunciou ao mandato para disputar uma vaga de deputado estadual. Ela não fez nenhuma mudança na equipe de governo e estaria contando na Câmara de Vereadores com a mesma complacência dispensada ao antecessor, que apesar de responder a várias ações na Justiça – inclusive sobre supostas fraudes em licitações – nunca foi questionado pelos membros da Casa.

Pelo menos é o que sugere o fato de até agora a Câmara não ter tomado uma posição em face de um requerimento com pedidos de informação sobre contratos firmados ainda na gestão de Anderson e que até ontem não havia sido respondido. O requerimento é de autoria do vereador Jaime Figueiredo Lima e, embora envolva atos do antecessor, tem de ser respondido pela atual gestora, que está no cargo há exatos dois meses e 24 dias, tempo mais que suficiente para atender o questionamento do parlamentar, que também parece não estar preocupado com a demora, pois Jaime foi procurado ontem na Câmara para falar sobre o assunto e além de demonstrar contrariedade não forneceu cópia do documento, tendo alegado que o requerimento estava em poder do procurador da Casa.

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