A prestação das contas eleitorais revela que o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra passou literalmente a sacolinha entre os funcionários da estatal, principalmente na diretoria. 'Prevaleceu a velha máxima marxista: cada um com sua possibilidade', disse Dutra, para justificar por que pelo menos 27 das 40 pessoas físicas que fizeram doações para sua frustrada candidatura ao Senado pelo PT de Sergipe eram da estatal. As contribuições desses doadores somaram R$ 164 mil, quase 20% do total arrecadado.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, doou R$ 10 mil, mas a maior contribuição individual foi do gerente de recursos humanos, Diego Hernandes, braço direito de Dutra na estatal: R$ 25 mil. O consultor jurídico da presidência, Paulo Otto Von Sperling, ficou em segundo lugar, com R$ 20 mil. Os dois ocupam cargos comissionados, não são funcionários de carreira. Dos seis diretores-executivos, apenas dois nada doaram. Nestor Cerveró, Renato Duque, Ildo Sauer e Guilherme Estrella fizeram contribuição-padrão de R$ 8 mil. A ouvidora-geral da estatal, Maria Augusta Ribeiro, deu R$ 10 mil.
Além de ajudar seu antecessor, Gabrielli doou R$ 20 mil para a campanha do presidente Lula, R$ 15 mil para a do governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, e R$ 5.400 para a do petista Rui Costa dos Santos a deputado federal pela Bahia.
Dutra confirmou que pediu ajuda aos 'amigos' da Petrobrás 'que ganham bem', mas disse que em 2002 sua campanha para governador também teve muitas doações individuais.
Colaborou Irany Tereza
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