Justiça do Rio expede mandados de prisão contra nove policiais militares
Rio - A Justiça Federal decretou, na noite de quinta-feira, a prisão preventiva de nove integrantes da Polícia Militar - soldados, cabos e sargentos - acusados pela Polícia Federal de negociarem armas, munição e drogas com bandidos da favela do Muquiço, em Guadalupe. A prisão já havia sido pedida no mês passado, quando foi deflagrada a Operação Tingüi em que outros 75 policiais militares foram presos.
A Justiça, contudo, negou o pedido de prisão alegando que havia insuficiência de provas. Na ocasião, os nove acusados chegaram a ficar presos três dias nos quartéis, administrativamente, mas tiveram de ser soltos. Agora, depois de rever novas provas apresentadas, a Justiça acabou aceitando a solicitação da Polícia Federal e decretou as prisões. Seis PMs foram encontrados e presos. Outros dois, de férias, e um de licença médica, não foram encontrados.
Os mandados foram entregues, ontem de manhã, à Polícia Militar, que realizou uma operação para capturar os militares envolvidos com o tráfico, através de agentes das Delegacias de Polícia Judiciária Militar. Os PMs que eram encontrados, foram apresentados à Polícia Federal e depois levados para o Batalhão Especial Prisional, o Presídio Militar, onde ficarão presos à disposição da Justiça Federal.
No quartel do 9º BPM (Rocha Miranda) onde foi preso um dos acusados, o coronel Murilo Leite reuniu a tropa na quadra de esportes e fez uma preleção muito forte, lembrando a todos que o desvio de conduta é crime. Durante a reunião, a Rua Tacaratu, onde fica o quartel, foi fechada com barreiras e agentes do Serviço Reservado (P/2) circulavam pelas calçadas.
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