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OAB: ministro da Justiça deve garantir que presos recebam advogados

Em nota, OAB acusa PF de dificultar acesso de advogados aos clientes. "O acerto da investigação pode ser anulado", afirma o presidente da OAB.

Mirella D´Elia Do G1, em Brasília

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai recorrer ao ministro da Justiça, Tarso Genro, para que os presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Hurricane possam receber seus advogados. Em nota divulgada neste sábado (14), o presidente da OAB, Cezar Brito, afirma que os delegados da PF em Brasília estão dificultando desde a noite de sexta-feira (13) o acesso dos advogados aos seus clientes envolvidos na Operação Hurricane.

"É inadmissível que em pleno estado democrático de direito os advogados não possam exercer a sua função constitucional", disse o presidente da OAB, acrescentando que considera de "extrema importância" a intervenção de Tarso Genro.

Advogados que estiveram neste sábado (14) na carceragem da PF em Brasília disseram que não puderam conversar com os clientes, envolvidos na Operação Hurricane.

Segundo Cezar Britto, a intervenção do ministro da Justiça evitará "que sejam anulados os processos e todo o esforço executado até então pela própria Polícia Federal".

"O acerto da investigação pode ser anulado exatamente porque não se permitiu o trabalho profissional do advogado", disse.

O presidente da OAB ressaltou que é importante que todos sejam investigados no Brasil, independentemente dos cargos que ocupem. Mas, da mesma forma, é importante para o Brasil que se respeite o devido processo legal e o direito de defesa dos acusados.

"A democracia é exatamente o convívio dos contrastes e das regras processuais", afirmou.

Outro lado

O delegado da PF Ângelo Gioia disse que os advogados foram impedidos de entrar pela manhã por uma questão de segurança, pois os presos estavam sendo acomodados.

Comentários

Luiz Maia disse…
Nós, cidadãos brasileiros, esperamos que a OAB não prejudique as investigações e punições aos criminosos presos na Operação Hurricane, ou qualquer outra.

A OAB não tem cumprido com seu dever de caçar os registros de advogados presos e condenados por crimes no Brasil.

Não deve se emporcalhar, ainda mais, defendendo esses criminosos.

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