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Navalha: Gautama fez obra da PF em SP

Construtora acusada na Operação Navalha cobrou R$ 41,6 milhões pela obra em 1997. TCU investiga nove obras públicas da empresa em seis estados.

Do G1, em São Paulo, com informações da Agência Estado

A Construtora Gautama, apontada pela Polícia Federal na Operação Navalha como a principal beneficiada do esquema de fraude em licitações de obras públicas, foi responsável pela construção da sede da PF em São Paulo em 1997. Em valores da época, a empresa cobrou R$ 41,6 milhões pela construção.

A empresa foi criada formalmente em julho de 1995 e está na mira do Tribunal de Contas da União. Pelo menos nove obras públicas de grande porte em seis estados estão sendo auditadas. Os contratos somam cerca de R$ 500 milhões. O TCU não encontrou irregularidades nas obras da PF paulista.

Na lista do TCU estão, por exemplo, a Adutora Italuiz (MA), Infra-Estrutura Hídrica de Aracaju (SE), Barragem Poço Verde (SE), Adutora Serra da Batateira (BA), Macrodrenagem Tabuleiro dos Martins (AL), Irrigação do Rio Preto (DF) e Estrutura Turística de Porto Velho (RO).

O grupo que fraudava licitações de obras públicas pode ter desviado mais de R$ 100 milhões de recursos públicos em um ano, segundo informações da Agência Estado. A agência aponta ainda que a Gautama teria feito doações de R$ 500 mil a políticos em 2006.

Segundo a PF, o esquema foi iniciado pelo sócio-diretor da Construtora Gautama Ltda., Zuleido Soares Veras, preso na operação, que articulou uma rede de empregados, sócios e lobistas, que cooptavam funcionários públicos de diversos escalões nos níveis federal, estadual e municipal. A quadrilha atuava desde a aprovação até o pagamento das obras. Agiu em projetos do Luz para Todos, de saneamento e na construção de estradas e pontes.

A operação

A PF prendeu 46 pessoas durante a Operação Navalha, realizada em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal.

Segundo a PF, a Construtora Gautama, que tem sede em São Paulo, e filiais em diversos estados onde a operação foi realizada, comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. Cerca de 20 pessoas ligadas à Gautama estão entre os presos.

Entre os detidos estão o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF); o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT); o prefeito de Sinop (MT), Nilson Aparecido Leitão (PSDB); o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB); e o ex-deputado federal Ivan Paixão (PPS-SE).

Também foi preso na ação Ivo Almeida Costa, assessor do gabinete do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau.

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