O Dia
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, que é responsável pelas ações da Polícia Federal, confirmou nesta segunda-feira que houve a entrega de R$ 100 mil por parte de um funcionário da empresa Gautama no Ministério de Minas e Energia. O ministro acrescentou que não há "nenhuma prova física" da entrega deste valor ao ministro titular da pasta, Silas Rondeau.
"Não vou fazer nenhuma manifestação porque não tenho nenhuma convicção a respeito da responsabilidade criminal do ministro Silas", disse Genro. Questionado se Rondeau deveria se demitir, ele respondeu: "Vamos aguardar um pouco. Vamos deixar o ministro Silas falar". O presidente em exercício, José Alencar (PRB), disse nesta segunda-feira que a decisão sobre a permanência do ministro Rondeau no governo é de foro íntimo ou deve ser tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Paraguai, Silas voltou a a negar envolvimento com o escândalo. Ele já estaria sendo aconselhado pelo PMDB para deixar o cargo e afirmou ainda não ter falado com o presidente sobre o assunto - os dois chegaram a Assunção em aviões diferentes- e que se sente à vontade para continuar no ministério.
A Assessoria de Imprensa do Ministério de Minas e Energia convocou a imprensa para uma visita às instalações do gabinete do ministro, com o intuito de contestar as acusações da Polícia Federal de que Silas Rondeau estaria diretamente envolvido com o esquema de fraude em licitações de obras públicas para favorecer a empresa Gautama.
Renan Calheiros defende Ministro
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e negou qualquer envolvimento com o esquema de favorecimento em licitações para a construtora Gautama. Para ele, não há nada que comprometa, por enquanto, o ministro, indicado pelo PMDB ao cargo. "Não há nada, até o presente momento, que comprove o envolvimento do ministro".
Tarso Genro admite que funcionário do Ministério de Minas e Energia recebeu R$ 100 mil da Gautama
maio 22, 2007
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