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Justiça americana investiga possíveis contas do presidente do TCE

Ex-funcionário disse ao MP que ele recebia propina para aprovar contratos e contas.

Em nota, Eduardo Bittencourt Carvalho classifica acusações de 'absurdas e ofensivas'.

com informações do Jornal Hoje

A justiça americana investiga possíveis contas bancárias ilegais nos Estados Unidos. Segundo o Ministério Público Estadual, US$ 15 milhões foram enviados para o país pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho.

A denúncia, feita ao MP, partiu de um ex-funcionário. Segundo ele, o presidente do TCE recebia propina para aprovar contratos e contas nas épocas dos governos de Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury. A testemunha contou ter visto um ex-diretor da Companhia Brasileira de Projetos e Obras, a empreiteira CBPO, levar pacotes de dinheiro, provavelmente dólares, para Bittencourt. Os encontros teriam ocorrido entre 93 e 95 e, na maioria das vezes, a suposta propina era paga na casa do presidente do TCE.

O ex-funcionário disse ter ouvido de Aparecida Carvalho, ex-mulher do presidente do TCE, que ele pode ter depositado no exterior US$ 15 milhões obtidos com a cobrança de propina. Ela teria contado que uma das malas de dinheiro era tão pesada que teve dificuldades para carregar.

O presidente do TCE é um dos donos da agropecuária Pedra do Sol, que, segundo a promotoria, manteve sociedade com uma empresa "offshore" sediada em um paraíso fiscal do Caribe. Os promotores investigam também a compra de uma fazenda em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Segundo a testemunha, Bittencourt ganhou dinheiro do ex-governador Orestes Quércia para comprar uma fazenda.

O presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo nega a denúncia. Em nota, Eduardo Bittencourt Carvalho classifica as acusações de "absurdas e ofensivas". Ele não quis gravar entrevista. A assessoria do ex-governador Orestes Quércia informou que ele não vai comentar a denúncia. A assessoria do ex-governador Luís Antônio Fleury Filho disse que as acusações são inverídicas. A construtora CBPO ainda não respondeu às acusações. A ex-mulher do presidente do TCE, Aparecida Bittencourt Carvalho, não foi encontrada pela reportagem.

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