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Denunciado no Mensalão é preso com dinheiro na cueca

Em um aeroporto em São Paulo, policiais federais vistoriaram o passageiro Enivaldo Quadrado e descobriram mais de 350 mil euros nas meias, na cintura, dentro da cueca e também em uma pasta de mão.



Um homem denunciado no escândalo do Mensalão foi preso quando voltava do exterior com dinheiro não declarado. Era o equivalente a mais de R$ 1 milhão em euros, escondidos na cueca, nas meias e numa mala de mão, como conta o repórter César Tralli.

Um dos primeiros pousos em Cumbica, na madrugada desta segunda-feira, trazia, entre os passageiros, Enivaldo Quadrado, um dos envolvidos no escândalo do Mensalão, processado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A corretora dele, a Bonus Banval, funcionava em um prédio, em São Paulo. Segundo a acusação do procurador-geral da república, saiu parte do dinheiro pago a parlamentares, em troca de apoio político ao governo federal. Na viagem para a Europa, Enivaldo Quadrado ficou hospedado em Madri. De lá, voltou para São Paulo, com escala em Lisboa.

Na chegada, preencheu um documento em que a Receita Federal pergunta: está portando valores superiores a R$ 10 mil ou o equivalente em moeda estrangeira? Não, foi a resposta que ele deu.

No desembarque, policiais federais de combate ao trafico de drogas fizeram uma abordagem de rotina no passageiro Enivaldo Quadrado. Foi quando descobriram que ele tinha maços de dinheiro vivo nas meias, na cintura, dentro da cueca e também em uma pasta de mão.

Enivaldo disse que estava carregando 300 mil euros. Mas, na contagem, agentes da Receita e da policia verificaram que havia mais, um total de 361.445 euros, quase R$ 1,2 milhão.

Enivaldo foi preso por ter prestado informações falsas em documento oficial, crime que tem pena de até cinco anos de cadeia mais multa. A caminho do presídio de Pinheiros, ele escolheu o silêncio.

Para a Receita Federal, Enivaldo disse que o dinheiro foi empréstimo de um amigo português, que seria usado para compra e revenda de carros no Brasil. Mas ele acabou sem nada. A Receita já determinou o confisco de cada nota de euros.

O advogado de Enilvaldo Quadrado disse que só vai se manifestar quando tiver acesso ao auto de prisão em flagrante.

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