Rafhael Borges
Do UOL, em Goiânia
O diretório do PSDB em Goiás lançou oficialmente a pré-candidatura do deputado federal Leonardo Vilela (PSDB) à prefeitura da Goiânia. Vilela é um dos flagrados em conversas telefônicas com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, dentro da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Vilela afirma que conversou com Cachoeira por duas vezes. A primeira foi há mais de um ano e seria um pedido para que o bicheiro conseguisse uma entrevista de emprego para a filha, que é farmacêutica, no IFC (Instituto de Ciências Farmacêuticas). A ex-mulher de Cachoeira é presidente do ICF. “Como pai, fiz o pedido e ela conseguiu a entrevista de emprego.”
A segunda conversa de Vilela com Cachoeira teria ocorrido no segundo semestre de 2011 para buscar o apoio de Demóstenes Torres à candidatura dele a prefeito de Goiânia. “Eu precisava falar com ele, pois o seu apoio seria importante para qualquer candidatura, caso [o senador Demóstenes Torres] desistisse”, disse o tucano.
Leonardo Vilela disse ainda que pediu a Carlinhos Cachoeira que o ajudasse a marcar um encontro com o senador. “Ele me ajudou a marcar esse encontro, quando pedi seu apoio à minha pré-candidatura. Foi o que aconteceu.”
O presidente regional do PSDB, Paulo de Jesus (suplente na vaga de Marconi Perillo no Senado Federal, atualmente ocupada por Cyro Miranda), nega que o PSDB tenha cogitado trocar o pré-candidato. “Ele explicou os contatos para a executiva estadual, que achou normal.”
Para confirmar se o nome poderá emplacar junto aos eleitores goianienses, a legenda pretende realizar uma pesquisa avaliativa do impacto das conversas que o pré-candidato admitiu ter tido com Carlinhos Cachoeira.
A base de apoio ao governador Marconi Perillo, e à candidatura de Leonardo Vilela, fala em calma e respeito à legislação eleitoral. Mas o que correligionários sustentam nos bastidores é que o nome do PSDB à prefeitura de Goiânia pode mudar a qualquer momento.
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