O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, revela à Coluna que a Polícia Federal atualmente tem mais de 250 inquéritos abertos sobre fraudes no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, e não apenas por apropriação indébita de imóveis por não-beneficiados – como casos recorrentes no Rio de Janeiro. Há uma nova modalidade de crime: pessoas de muitas posses, das classes A ou B, usam terceiros para conseguir financiamento da Caixa a juros baixos e vendem a casa para os ‘laranjas’ tão logo são construídas.
No canteiro. Pelas regras do programa, o morador beneficiado só pode vender a casa 10 anos depois, ou quitar à vista o débito com o banco para o repasse. O crime burla várias regras.
Avanços. Apesar dos inquéritos, o programa é considerado de sucesso, porque o número é muito pequeno diante dos 4 milhões de contratos. Mas há mais de 1.500 denúncias em análise.
Lupa. Às vésperas da eleição e perdendo pontos, a presidente Dilma está preocupada com o programa carro-chefe de sua gestão. Mandou a PF intensificar investigações.
Técnicos. Egresso da Caixa, com 35 anos de carreira, o ministro Gilberto Occhi garante que o banco tem técnicos suficientes para medições de obras municipais, outrora um gargalo.
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