Emissão de títulos e despesa com juros elevaram dívida em março.
Dívida pode chegar ao patamar de R$ 2,3 trilhões no fim deste ano.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, cresceu 3,43% em maio, para R$ 2,12 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em abril, o endividamento público estava em R$ 2,05 trilhões.
No último mês, ainda segundo informações do governo, ocorreu emissão líquida (volume de títulos emitidos superior ao de resgates) no valor de R$ 50,99 bilhões na dívida pública federal. Também foi contabilizada despesa com juros no valor de R$ 18,8 bilhões – impactando para cima o endividamento público.
Programação para 2014
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, cresceu 3,43% em maio, para R$ 2,12 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em abril, o endividamento público estava em R$ 2,05 trilhões.
No último mês, ainda segundo informações do governo, ocorreu emissão líquida (volume de títulos emitidos superior ao de resgates) no valor de R$ 50,99 bilhões na dívida pública federal. Também foi contabilizada despesa com juros no valor de R$ 18,8 bilhões – impactando para cima o endividamento público.
Programação para 2014
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,32 trilhões no fim deste ano – R$ 198 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2013.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,17 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 48 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.
Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 54 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.
Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 828 bilhões em maio, ou 40,8% do total, contra R$ 779 bilhões, ou 39,8% do total, em abril.
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação marginalmente elevada em março. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 10,24% do estoque total da dívida interna, ou R$ 207 bilhões, contra 10,22% do total (R$ 200 bilhões) em abril.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 38,36% em maio deste ano, ou R$ 778 bilhões, contra 39,30% do total em abril de 2014 – o equivalente a R$ 770 bilhões.
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 10,57% do total (R$ 214 bilhões) em maio, contra R$ 209,5 bilhões, ou 10,69% do total, em abril deste ano. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial – que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.
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