Somadas, elas ofereceram R$ 16 milhões a candidatos. Skaf e Padilha também ganharam verba
Renato Onofre e Julianna Granjeia | O Globo
SÃO PAULO — O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi quem mais recebeu doações de empresas investigadas no cartel do metrô paulista entre os três primeiros colocados na disputa no estado. Sozinho, o tucano garantiu para sua campanha 76,8% dos R$ 16,1 milhões de 13 empresas que tiveram executivos denunciados por fraudes e formação de cartel em licitações da linha 5 do metrô. Em março, o Ministério Público de SP disse que a atuação do cartel causou, em apenas quatro dos lotes licitados, prejuízo de R$ 232 milhões aos cofres públicos.
O montante arrecadado por Alckmin por meio da doação das 13 empresas representa 33% do total declarado por sua campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a prestação de contas finais divulgada terça-feira, o tucano recebeu R$ 40,3 milhões. O segundo nas urnas, Paulo Skaf (PMDB), recebeu R$ 2,75 milhões dessas empresas. Já o petista Alexandre Padilha recebeu R$ 19 mil dos envolvidos.
QUEIROZ GALVÃO DOOU MAIS
A principal doadora aos três foi a construtora Queiroz Galvão, que repassou R$ 4,9 milhões, sendo R$ 3,9 milhões apenas ao tucano; seguida da Serveng, com R$ 2,8 milhões, que doou exclusivamente para Alckmin. Em terceiro, aparece a construtora OAS, única entre as 13 empresas que doou mais a outro candidato que não o tucano. A empresa doou R$ 1,5 milhão ao peemedebista, ante R$ 1,2 milhão dado ao tucano.
Também aos três, a CR Almeida doou R$ 2,5 milhões; a Andrade Gutierrez, R$ 1,7 milhão; Tiisa, R$ 1 milhão; e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, R$ 400 mil. Outras seis empresas que tiveram executivos citados na denúncia pelo MP não doaram aos três.
Em nota, a Queiroz Galvão S/A, a OAS S/A e a CR Almeida S/A informaram que todas as doações eleitorais realizadas foram feitas nas formas previstas em lei. A Construtora Andrade Gutierrez também informou que todas as doações feitas pela empresa estão de acordo com a lei eleitoral e que os de distribuição são “baseados na representatividade política” das legendas.
A Tiisa disse que “optou por fazer doação à campanha do PSDB ao governo do estado por acreditar na sua competência e eficiência, entendendo que era a melhor opção para SP”. E que “tratou-se de doação oficial e transparente, conforme a legislação”. Procuradas, a Serveng Civilsan S/A, a Carioca Engenharia e as demais não se manifestaram.
O GLOBO entrou em contato com as três campanhas. O PT não respondeu. O PSDB informou que todas as doações recebidas pelo partido e seus candidatos “foram feitas em absoluto respeito às regras legais vigentes”. A assessoria de Skaf informou que as doações foram feitas “dentro do que a lei prevê”.
SÃO PAULO — O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi quem mais recebeu doações de empresas investigadas no cartel do metrô paulista entre os três primeiros colocados na disputa no estado. Sozinho, o tucano garantiu para sua campanha 76,8% dos R$ 16,1 milhões de 13 empresas que tiveram executivos denunciados por fraudes e formação de cartel em licitações da linha 5 do metrô. Em março, o Ministério Público de SP disse que a atuação do cartel causou, em apenas quatro dos lotes licitados, prejuízo de R$ 232 milhões aos cofres públicos.
O montante arrecadado por Alckmin por meio da doação das 13 empresas representa 33% do total declarado por sua campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a prestação de contas finais divulgada terça-feira, o tucano recebeu R$ 40,3 milhões. O segundo nas urnas, Paulo Skaf (PMDB), recebeu R$ 2,75 milhões dessas empresas. Já o petista Alexandre Padilha recebeu R$ 19 mil dos envolvidos.
QUEIROZ GALVÃO DOOU MAIS
A principal doadora aos três foi a construtora Queiroz Galvão, que repassou R$ 4,9 milhões, sendo R$ 3,9 milhões apenas ao tucano; seguida da Serveng, com R$ 2,8 milhões, que doou exclusivamente para Alckmin. Em terceiro, aparece a construtora OAS, única entre as 13 empresas que doou mais a outro candidato que não o tucano. A empresa doou R$ 1,5 milhão ao peemedebista, ante R$ 1,2 milhão dado ao tucano.
Também aos três, a CR Almeida doou R$ 2,5 milhões; a Andrade Gutierrez, R$ 1,7 milhão; Tiisa, R$ 1 milhão; e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, R$ 400 mil. Outras seis empresas que tiveram executivos citados na denúncia pelo MP não doaram aos três.
Em nota, a Queiroz Galvão S/A, a OAS S/A e a CR Almeida S/A informaram que todas as doações eleitorais realizadas foram feitas nas formas previstas em lei. A Construtora Andrade Gutierrez também informou que todas as doações feitas pela empresa estão de acordo com a lei eleitoral e que os de distribuição são “baseados na representatividade política” das legendas.
A Tiisa disse que “optou por fazer doação à campanha do PSDB ao governo do estado por acreditar na sua competência e eficiência, entendendo que era a melhor opção para SP”. E que “tratou-se de doação oficial e transparente, conforme a legislação”. Procuradas, a Serveng Civilsan S/A, a Carioca Engenharia e as demais não se manifestaram.
O GLOBO entrou em contato com as três campanhas. O PT não respondeu. O PSDB informou que todas as doações recebidas pelo partido e seus candidatos “foram feitas em absoluto respeito às regras legais vigentes”. A assessoria de Skaf informou que as doações foram feitas “dentro do que a lei prevê”.
0 $type={blogger}:
Postar um comentário