Integrantes do Palácio do Planalto passaram a fazer um cálculo pragmático em relação a artilharia sofrida pela base aliada no Congresso Nacional. A avaliação interna é que o ambiente hostil vivido nas últimas semanas mudará quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra os políticos envolvidos na Operação Lava-Jato.
“Será um divisor de águas. Hoje, há um clima beligerante. Toda a munição da base aliada está voltada para o governo. Mas quando Janot pedir ao STF a abertura de inquérito, o Congresso vai direcionar sua energia para tentar salvar a pele dos seus integrantes. Isso vai amenizar a queda de braço com o Executivo”, observou um auxiliar da presidente Dilma Rousseff.
O jornal "Valor Econômico" revelou hoje que até o dia 3 de março Janot deve pedir a abertura de inquérito e requisitar o fim do sigilo que impede a identificação das autoridades investigadas. No núcleo palaciano, a expectativa é que muitos aliados em postos de comando ou liderança serão atingidos, o que esvaziará o poder de fogo contra o governo.
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