Médico teve mandato de menos de seis meses em 2005, tempo suficiente para lhe render processos no Judiciário e no Tribunal de Contas
Elizeu Pires
Pela segunda vez consecutiva contido pela lei em sua tentativa de disputar a Prefeitura de Paracambi, o candidato impugnado do PR Flávio Ferreira repetiu o gesto de 2012, quando, às vésperas das eleições municipais, se encontrando em situação jurídica tão delicada quanto agora, renunciou a candidatura. Desta vez, entretanto, ele indicou a esposa, a fisioterapeuta Lucimar Cristina da Silva Ferreira, para substituí-lo.
Flávio Ferreira repetiu o gesto de 2012: renunciou por causa da sua delicada situação jurídica |
Respondendo a vários processos, Flávio foi impugnado pela juíza Bruna Frank Tonial, que acatou parecer do Ministério Público nesse sentido. Flávio, que desde 2008 vem tentando eleger-se prefeito, teve um mandato relâmpago em 2005 (ficou apenas cinco meses no cargo), tendo sido cassado por compra de votos.
A impugnação foi por conta de sentença transitada em julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a mesma que anulou os votos a ele conferidos em 2010, quando ele tentou eleger-se deputado estadual. Apesar de ficado menos de um semestre na Prefeitura o agora ex-candidato Flávio é considerado o prefeito mais processado da história do município.
Embora tenha renunciado por causa da complexidade de sua situação jurídica, Flávio, em pronunciamento pelas redes sociais, optou por culpar os adversários que, segundo ele, estavam unidos para impedir sua minha candidatura a prefeito. Ocorre que ele já se inscreveu como candidato sabendo que sua situação era delicada e que dificilmente seu pedido de registro seria deferido pela Justiça Eleitoral. “Decidi retirar a minha candidatura para que essa guerra judicial não prejudique o processo eleitoral na nossa cidade, e junto com meu grupo e nossa coligação, decidimos lançar a Lucimar, minha esposa, como candidata a prefeita de Paracambi”, concluiu o ex-candidato.
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