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Justiça eleitoral suspende diplomação do prefeito eleito de Embu das Artes

Justiça eleitoral suspende diplomação do prefeito eleito de Embu das Artes


Por G1 São Paulo


A Justiça Eleitoral suspendeu a pedido do Ministério Público a diplomação do prefeito eleito de Embu das Artes, Claudinei Alves dos Santos, mais conhecido como Ney Santos (PRB), marcada para a próxima segunda-feira (19). A diplomação do vice-prefeito, Dr. Peter, também foi suspensa. Apenas os vereadores vão ser diplomados. 


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O político é considerado foragido desde a deflagração da Operação Xibalba, no último dia 9, quando foram cumpridos 49 mandados de busca e cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, sendo que sete pessoas estão foragidas, incluindo Santos. Atualmente, Ney Santos é vereador da cidade.

Como Ney Santos também é o atual presidente da Câmara Municipal, e o vice-prefeito eleito também teve a diplomação suspensa, quem tomará posse do cargo será o vice-presidente da Câmara da atual legislatura, até a posse dos novos vereadores, em meados de janeiro, quando assumirá provisoriamente a Prefeitura o próximo presidente da Câmara Municipal.

No pedido à Justiça, o promotor de Justiça Estêvão Luís Lemos sustenta que o prefeito eleito "usou contribuições provenientes de lavagem de dinheiro oriundo de tráfico de entorpecentes, incluindo os valores doados pelo próprio eleito à campanha. Tais delitos seriam realizados pela organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual o investigado seria integrante".

Na última sexta-feira (9), a Justiça decretou a prisão preventiva do vereador e prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB). Na operação desta sexta, a polícia também tinha outros 13 mandados de prisão, inclusive contra a mulher de Ney Santos. Sete pessoas foram presas, entre elas, uma irmã, um cunhado, uma prima e o contador de Ney.

De acordo com o MP, Santos lavava as quantias arrecadadas pelo crime organizado com o tráfico em postos de combustível. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, o político afirmou ser dono ou sócio de seis estabelecimentos do tipo. Ele informou possuir um patrimônio de R$ 2,065 milhões e que grande parte deste montante (R$ 1,6 milhão) era guardado em dinheiro vivo.

Esta não é a primeira vez que o vereador entra na mira da Justiça. Em 2003, ele foi condenado por roubo a uma empresa de valores em Marília, no interior de São Paulo, mas recorreu e foi absolvido no ano seguinte.

Já em 2010, voltou ao noticiário policial quando foi investigado por uma extensa lista de crimes, que incluía lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal, adulteração de combustível e formação de quadrilha. Na época, policiais apreenderam documentos, computadores, máquinas de contar dinheiro e até uma Ferrari, avaliada em R$ 1,5 milhão, em seus imóveis.

Santos também respondeu por compra de votos em 2012, quando foi eleito vereador de Embu das Artes, e chegou a ter a candidatura para prefeito deste ano impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Ele entrou com recurso e conseguiu se eleger com uma expressiva votação de 79,45%.

O advogado de Ney Santos, Francisco Tolentino Neto, disse na semana passada que o político não iria se apresentar à Justiça. “O senhor deve me perguntar se ele irá se apresentar e eu já digo que não, porque os fatos são infundados”, disse.


 

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