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Filho de Marcelo Crivella recebe R$ 10 mil por nove dias de trabalho

Gabriel Menezes | Extra

RIO - Impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de continuar no cargo de secretário municipal da Casa Civil nove dias após sua nomeação, Marcelo Hodge, filho do prefeito Marcelo Crivella, recebeu em março R$ 10.932,59, o equivalente a um mês de salário. O vencimento bruto dele era de R$ 15.187, sobre o qual incidiram os descontos de R$ 3.139,74 (Imposto de Renda) e R$ 1.114,67 (outros encargos). A informação, que consta na folha de pagamentos de fevereiro da prefeitura, foi publicada ontem pela coluna Radar On-Line, da revista “Veja”.


Filho de Crivella aguarda decisão do STF
Filho de Marcelo Crivella aguarda decisão do STF

Hodge foi afastado no dia 9 de fevereiro por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que considerou nepotismo a escolha feita por Crivella. Autor da ação civil pública que deu origem à liminar, o advogado constitucionalista Victor Rosa Travancas afirmou que “se o ministro permitisse que Crivella, numa cidade grande como o Rio, mantivesse o próprio filho nomeado, estaria legitimando e incentivando a prática de indicação de parentes a cargos de primeiro escalão”.

Procurada pelo GLOBO, a Secretaria municipal da Casa Civil informou, em nota, que nunca houve movimentação na conta do Banco Santander referente ao depósito dos salários para Marcelo Hodge. E disse que o ex-secretário não sabia da existência de saldo. O órgão acrescentou que já foi solicitado estorno imediato do valor à prefeitura.

“Marcelo Hodge Crivella sempre respeitou as decisões da Justiça e continua aguardando a decisão do STF a respeito da sua nomeação”, concluiu a nota da Casa Civil.

CRIVELLA NA ÁFRICA

O prefeito Marcelo Crivella rebateu neste sábado as críticas sobre sua viagem à África do Sul para participar de um culto da Igreja Universal no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, na sexta-feira. Ao responder um dos comentários em sua página no Facebook, Crivella disse que “a viagem é pessoal e os gastos, também”.

Na postagem, Crivella atribuiu o fim do apartheid à fé em Deus: “Neste feriado, retornei à África do Sul, país que fiquei por muitos anos levando fé e esperança. Quando cheguei, negros e brancos ainda viviam separados pela barreira do preconceito. A fé em Deus uniu a todos”.

O evento de sexta-feira também contou com a participação do presidente da África do Sul, Jacob Zuma. Ao entrar no estádio, Crivella foi anunciado como bispo. Ele faria outros dois cultos na África do Sul no feriadão.

Um decreto legislativo concede a Crivella autorização para viajar para fora do país por qualquer prazo este ano.



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