'Vocês estão mais bem-informados do que eu', disse Herman Benjamin, relator da ação que pode cassar chapa Dilma-Temer, a jornalistas
Breno Pires, Rafael Moraes Moura e Fabio Fabrini | O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Em sessão relâmpago do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os ministros da Corte — incluindo três integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) — entraram e saíram do plenário sem responder a perguntas da imprensa sobre os desdobramentos das revelações sobre a delação dos donos da JBS, Joesley Batista e Wesley Batista. Relator da ação em que pode ser cassada a chapa Dilma-Temer na Eleição de 2014, e assim o mandato do presidente Temer, Herman Benjamin disse que a repórteres que "vocês estão mais bem-informados do que eu".
Herman Benjamin, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Dida Sampaio/Estadão |
Os ministros Luiz Fux, que presidiu a sessão, Rosa Weber e Alexandre de Moraes não responderam a perguntas sobre se o julgamento dos mandados de prisão pedidos pela Procuradoria-Geral da República será feito ainda nesta quinta-feira, tampouco responderam sobre o teor das informações trazidas pela reportagem do jornal O Globo com o conteúdo de gravações feitas pelos irmãos Batista. Uma outra questão que surge é se haverá alguma modificação no calendário do julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer, com reinício marcado para o dia 6 de junho. O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, não se encontra no Brasil.
Após os delatores fazerem gravações que implicam o presidente Temer (PMDB), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a Procuradoria-Geral da República pediu a prisão de alguns deles. O ministro Edson Fachin determinou afastamentos mas optou por levar a plenário o julgamento sobre os mandados de prisão de Aécio Neves.
A operação realizada nesta quinta-feira com autorização do ministro Fachin tendo entre os alvos Aécio Neves e Rodrigo Rocha Loures e a própria JBS também chegou ao prédio do TSE, especificamente, ao gabinete da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). É lá que o procurador eleitoral Ângelo Goulart atua, pela PGE.
A equipe da PF chegou ao Tribunal por volta das 6h e concluiu o trabalho às 8h. O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, e a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio, acompanharam o trabalho da PF em cumprimento de mandado judicial. O material apreendido - um HD externo, um celular, documentos e mídias - integra o patrimônio do Ministério Público Federal, segundo informou em nota o TSE, na qual o tribunal destaca que o procurador não faz parte da Corte em si.
"De acordo com a Procuradoria-Geral Eleitoral, a operação não tem qualquer relação com a Justiça Eleitoral ou com processos que nela tramitam. As buscas fazem parte da investigação relacionada a fatos da Operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro grandes fundos de pensão do país, segundo as informações da Polícia Federal", disse em nota a assessoria de imprensa do TSE.
O presidente da Corte Eleitoral, Gilmar Mendes, está voltando de viagem que fez à Rússia. O ministro saiu de São Petesburgo por volta da meia-noite, no horário de Brasília. Fez uma conexão em Paris e embarcou para o Brasil por volta das 5h35, também no horário de Brasília. Gilmar Mendes chegará a São Paulo no fim da tarde e só depois seguirá para Brasília.
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