César Zílio
José Riva
Mato Grosso
MDB
Operação Sodoma
Pedro Elias Domingos de Mello
Pedro Nadaf
Rodrigo Barbosa
Silval Barbosa
Silvio César Correa de Araújo
Wallace Guimarães
Por Lislaine dos Anjos | G1 MT
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (MDB), e outras 14 pessoas - entre ex-secretários estaduais, ex-prefeito e empresários - foram condenados pela Justiça por participação em um esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro, investigadas durante uma das fases da operação Sodoma, da Polícia Civil.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, a organização criminosa cobrava propina de empresários que mantinham contratos com o Executivo estadual e praticou a lavagem de dinheiro na compra de um terreno na Avenida Beira Rio, atualmente avaliado em R$ 15,5 mihões.
Essa fase da operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) em março de 2016. A condenação foi dada pelo juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na quinta-feira (10), e todos podem recorrer da sentença em liberdade.
Dentre os réus, confessaram participação no crime e firmaram acordo de delação premiada os ex-secretários estaduais de Administração (extinta SAD), César Zílio e Pedro Elias Domingos de Mello, o ex-governador Silval Barbosa e o filho dele, Rodrigo Barbosa, o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, e o ex-chefe de gabinete do ex-governador, Sílvio César Corrêa de Araújo.
O juiz rejeitou integralmente as denúncias oferecidas pelo MP contra o ex-secretário estadual de Fazenda Marcel Cursi e a então secretária do ex-chefe da Casa Civil, Karla Cintra, que negaram envolvimento no esquema durante depoimento.
Silval foi condenado a 14 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime prisional diferenciado - como previsto no termo de colaboração premiada -, além de um ano e oito meses de detenção e pagamento de 443 dias-multa.
Já Sílvio Corrêa, considerado o "braço direito" do ex-governador, foi condenado a 7 anos e seis meses de prisão em regime prisional diferenciado, um ano e cinco meses de detenção e ao pagamento de 291 dias-multa.
O ex-secretário César Zílio foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado e um ano, dois meses e 10 dias de detenção em regime aberto, enquanto o ex-chefe da SAD, Pedro Elias, foi sentenciado a 15 anos, três meses e dois dias de prisão e oito meses de detenção a serem cumpridos em regime penal diferenciado, conforme acordado no termo de delação premiada firmado por ambos.
O ex-secretário adjunto de Administração, coronel José Nunes Cordeiro, que negou qualquer participação no esquema, foi o que recebeu a maior pena: 33 anos, nome meses e 10 dias de prisão em regime inicialmente fechado; seis anos e quatro meses de detenção em regilme semiaberto; e pagamento de 1.305 dias-multa.
Cordeiro era responsável por ajustar licitações que beneficiavam o suposto grupo criminoso, bem como teria proferido ameaças a empresários para que pagassem propinas, segundo o MP.
Também foram condenados:
Ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (MDB) e mais 14 são condenados por esquema de propina e lavagem de dinheiro
Silval Barbosa confessou existência de organização criminosa durante a gestão dele, encerrada em 2014. Juiz rejeitou denúncia contra dois acusados de participação no esquema
Por Lislaine dos Anjos | G1 MT
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (MDB), e outras 14 pessoas - entre ex-secretários estaduais, ex-prefeito e empresários - foram condenados pela Justiça por participação em um esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro, investigadas durante uma das fases da operação Sodoma, da Polícia Civil.
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa | Reprodução |
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, a organização criminosa cobrava propina de empresários que mantinham contratos com o Executivo estadual e praticou a lavagem de dinheiro na compra de um terreno na Avenida Beira Rio, atualmente avaliado em R$ 15,5 mihões.
Essa fase da operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) em março de 2016. A condenação foi dada pelo juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na quinta-feira (10), e todos podem recorrer da sentença em liberdade.
Dentre os réus, confessaram participação no crime e firmaram acordo de delação premiada os ex-secretários estaduais de Administração (extinta SAD), César Zílio e Pedro Elias Domingos de Mello, o ex-governador Silval Barbosa e o filho dele, Rodrigo Barbosa, o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, e o ex-chefe de gabinete do ex-governador, Sílvio César Corrêa de Araújo.
O juiz rejeitou integralmente as denúncias oferecidas pelo MP contra o ex-secretário estadual de Fazenda Marcel Cursi e a então secretária do ex-chefe da Casa Civil, Karla Cintra, que negaram envolvimento no esquema durante depoimento.
Silval foi condenado a 14 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime prisional diferenciado - como previsto no termo de colaboração premiada -, além de um ano e oito meses de detenção e pagamento de 443 dias-multa.
Já Sílvio Corrêa, considerado o "braço direito" do ex-governador, foi condenado a 7 anos e seis meses de prisão em regime prisional diferenciado, um ano e cinco meses de detenção e ao pagamento de 291 dias-multa.
O ex-secretário César Zílio foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado e um ano, dois meses e 10 dias de detenção em regime aberto, enquanto o ex-chefe da SAD, Pedro Elias, foi sentenciado a 15 anos, três meses e dois dias de prisão e oito meses de detenção a serem cumpridos em regime penal diferenciado, conforme acordado no termo de delação premiada firmado por ambos.
O ex-secretário adjunto de Administração, coronel José Nunes Cordeiro, que negou qualquer participação no esquema, foi o que recebeu a maior pena: 33 anos, nome meses e 10 dias de prisão em regime inicialmente fechado; seis anos e quatro meses de detenção em regilme semiaberto; e pagamento de 1.305 dias-multa.
Cordeiro era responsável por ajustar licitações que beneficiavam o suposto grupo criminoso, bem como teria proferido ameaças a empresários para que pagassem propinas, segundo o MP.
Também foram condenados:
- José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que confessou ter recebido R$ 2,5 milhões da organização criminosa: 13 anos e quatro meses de reclusão em regime inicialmente fechado; um ano e quatro meses de detenção em regime aberto; e pagamento de 400 dias-multa;
- Rodrigo Barbosa, médico e filho do ex-governador Silval Barbosa, apontado como um dos principais "arrecadadores" das propinas obtidas pelo grupo: dois anos e dois meses de prisão em regime prisional diferenciado, conforme acordo de colaboração premiada, bem como pagamento de 66 dias-multa.
- Pedro Jamil Nadaf, ex-secretário estadual de Indústria e Comércio e Casa Civil: três anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto, conforme acordo de delação premiada, e pagamento de 88 dias-multa;
- Francisco Lima de Andrade, ex-procurador-geral do Estado, que foi apontado como o responsável por emitir pareceres favoráveis ao grupo: seis anos de reclusão em regime inicialmente semiaberto e pagamento de 200 dias-multa;
- Wallace Guimarães, ex-prefeito de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, que foi acusado pelo MP de articular uma fraude em licitação do estado a fim de desviar recursos públicos que serviriam para financiar sua campanha política em 2012: 12 anos de reclusão em regime inicialmente fechado com perda de função pública e pagamento de 266 dias-multa;
- Tiago Vieira de Souza Dorileo, empresário que teria ajudado a fraudar uma licitação do governo do estado: 10 anos de reclusão em regime inicialmente fechado e um ano e quatro meses de detenção em regime aberto, além de pagamento de 314 dias-multa;
- Fábio Drumond Formiga, empresário condenado por participação no esquema: um ano e quator meses de detenção em regime inicialmente aberto e pagamento de 54 dias-multa;
- Antônio Roni de Liz, empresário condenado por participação no esquema: 12 anos de reclusão em regime inicialmente fechado e pagamento de 266 dias-multa;
- Evandro Gustavo Pontes da Silva, empresário condenado por participação no esquema: 12 anos de reclusão em regime inicialmente fechado e pagamento de 266 dias-multa;
- Bruno Sampaio Saldanha, que foi fiscal em um dos contratos em que houve pagamento de propina: oito anos, 10 meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, além de pagamento de 141 dias-multa.
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