Vereadores brigaram no plenário antes da votação do novo líder da casa.
Por Fabiana Figueiredo e John Pacheco | G1 AP — Macapá
Uma briga generalizada entre políticos e funcionários interrompeu o início da eleição para presidente da Câmara de Vereadores de Macapá, na tarde desta quinta-feira (4). Vídeos mostram discussão e depois o tumulto envolvendo vários parlamentares, entre eles Caetano Bentes (PSC), Yuri Pelaes (MDB), que iniciaram o confronto.
Briga aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores — Foto: Reprodução |
A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal fizeram a contenção dos parlamentares e não há informação sobre feridos. Vídeos feitos do local mostram a briga que envolve várias pessoas e teria iniciado minutos após a abertura da sessão, presidida interinamente por Yuri.
As divergências iniciaram após o vereador Pastor Didio (PRP) apresentar um documento solicitando a suspensão da sessão, mas o conteúdo da justificativa ainda não foi informado.
Em seguida, Yuri pediu a Caetano Bentes, que é 1º secretário da Casa, para ler o conteúdo do documento. Ele negou, os dois começaram a discutir e depois entraram em confronto. Em seguida, houve a confusão generalizada e a sessão foi interrompida por cerca de uma hora.
Depois, os vereadores voltaram para a mesa e Caetano Bentes reiniciou a sessão, sendo advertido por Yuri Pelaes de que a votação é ilegal, mas ela foi retomada e 12 dos 23 parlamentares votaram em Marcelo Dias (PPS) para presidente e Adrianna Ramos (PTB) como vice.
Durante a votação, as luzes, os microfones e o ar-condicionado do plenário foram desligados. A direção da Câmara não informou se houve queda de energia ou suspensão intencional.
Eleição remarcada
A sessão desta quarta-feira (4) será a segunda para eleger o presidente da Casa pelo biênio 2019-2020, pois a primeira realizada em 25 de janeiro e que escolheu Ruzivan Pontes, foi anulada pela Justiça.
Um pedido de liminar havia sido impetrado pelo vereador Rinaldo Martins (Psol), que afirmou que o prazo de inscrição de chapas era muito curto, um dia, que não havia comissão eleitoral para acompanhar o pleito, e que o presidente eleito já fazia parte da mesa diretora, o que fere regras do regimento interno da Casa de Leis.
Uma liminar já havia suspendido o edital, no dia 23 de janeiro, no dia marcado inicialmente para a eleição. A Câmara adiou e realizou a eleição dois dias depois. Somente uma chapa concorreu à disputa, a liderada por Ruzivan Pontes.
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