Político que esteve à frente do município do Noroeste gaúcho entre 2013 e 2016 é acusado de desvio de verba e lavagem de dinheiro. G1 tenta contato com a defesa do ex-prefeito.
Por Everson Dornelles | RBS TV
O ex-prefeito de Cruz Alta Juliano da Silva (PDT) teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). O político esteve à frente do município do Noroeste gaúcho entre 2013 e 2016. A decisão da Quarta Câmara Criminal do TJ foi tomada de maneira unânime.
Ex-prefeito de Cruz Alta, Juliano da Silva é acusado de desvio de verba e lavagem de dinheiro no processo — Foto: Reprodução/RBS TV |
O ex-prefeito é acusado de desvio de verba e lavagem de dinheiro no processo. O Ministério Público, autor do recurso acolhido pelos desembargadores, aponta que o político aumentou o próprio patrimônio em 229%, uma elevação incompatível com a renda declarada entre 2012 e 2015.
Segundo o relatório do desembargador Rogério Gesta Leal, o pedido apontou que a "materialidade delitiva restou cabalmente demonstrada pelos documentos que acompanham a denúncia, os quais dão conta de que o representado desviou valores do erário público em seu benefício".
O MP aponta também que Juliano "dissimulou e ocultou a propriedade de bens adquiridos com os valores provenientes da prática da apropriação de rendas públicas", além de alegar periculosidade, porque ele responde a "inúmeras ações penais pela prática de crimes contra a administração pública", e garantia de ordem pública, "haja vista que esta deve ser analisada à luz de vários fatores, entre os quais a gravidade concreta da infração, a repercussão social e periculosidade do agente".
O recurso aponta também que o réu responde a quatro processos que apuram delitos contra a administração pública, e que ele não foi encontrado por oficiais de justiça em várias visitas ao endereço dele.
Em setembro de 2017, Juliano da Silva e outras três pessoas tiveram os bens bloqueados devido a supostas irregularidades em um projeto de lei que ele havia apresentado para pagar por sepultamentos no Cemitério Jardim do Sossego. Segundo a promotoria, os serviços deveriam ser gratuitos, mas estavam sendo pagos.
O G1 tenta contato com a defesa do ex-prefeito.
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