Do G1, no Rio
O ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro Marcelo Itagiba voltou a afirmar na tarde desta terça-feira (19) ter tomado todas as providências cabíveis diante das denúncias de envolvimento de policiais com a máfia dos caça-níqueis.
Segundo Itagiba, logo que assumiu a secretaria, em novembro de 2004, chegou em suas mãos carta anônima denunciando a conivência de policiais com o crime organizado . Ele disse não recordar se as denúncias incluíam o ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins, mas admitiu que a carta mencionava policiais e os vinculava ao seu ex-subordinado. A Polícia Federal acusa Lins de fazer parte da Máfia dos caça-níqueis.
“Eu só tinha denúncias anônimas. Ninguém teve peito de chegar e dizer que fulano era ladrão”, disse Itagiba ao explicar por que não afastou Lins, que já ocupava a chefia da Polícia Civil quando ele assumiu a secretaria.
Mesmo assim, Itagiba contou ter mandado apurar as denúncias. Segundo ele, a primeira providência foi apurar se os nomes e apelidos mencionados na carta eram de fato de policiais. Quando se constatou que sim, o ex-secretário afirmou ter determinado o aprofundamento das investigações, mas, diante da possibilidade de vazamento de informações, decidiu encaminhar o inquérito à Polícia Federal.
“Entendemos que para prosseguir as investigações, elas só poderiam ser feitas com a quebra de sigilo telefônico, fiscal etc., através de inquérito policial. Se o inquérito fosse instaurado no âmbito da própria Polícia Civil, haveria um vazamento das informações, razão pela qual entendemos que a melhor maneira de conduzir essa investigação seria encaminhando os dados e os fatos à Polícia Federal”, relatou.
Perguntado sobre como vê a situação de Lins, Itagiba preferiu não fazer um julgamento.
“Ele (Lins) não está nem em bons nem em maus lençóis. Existe uma investigação em curso que vai demonstrar quem tem culpa e quem não tem na questão relativa ao envolvimento de policiais com a máfia das máquinas”, considerou o ex-secretário, acrescentando que, apesar disso, “será uma grande decepção” caso as denúncias contra Lins sejam comprovadas. O Ministério Público Federal explicou, em entrevista coletiva realizada na segunda (18), que o ex-chefe da Polícia Civil não é acusado, mas suspeito.
Deputado federal eleito pelo PMDB, Itagiba contou não se recordar ter feito campanha em conjunto com seu ex-subordinado, ele próprio deputado estadual eleito. O ex-secretário também mostrou cópias de ofícios datados de junho do ano passado em que cobrava do comando geral da Polícia Militar e do próprio Lins maior esforço no combate à máfia dos caça-níqueis. Segundo ele, suas determinações foram “bem executadas” pelo ex-chefe da Polícia Civil.
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Entre os funcionários públicos do estado se comentava a relação muito próxima entre Álvaro Lins e a (des)governadora Rosinha. Alguém acha que ela iria tomar providências contra seu... braço direito... pernas... ombros... pescoço...?
Mais, se ela foi conivente, se é conivente, é criminosa tanto quanto ele.
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