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Envolvido em fraudes, presidente do BRB pede exoneração do cargo

RAFAEL TARGINO
colaboração para a Folha Online

O presidente do BRB (Banco de Brasília), Roberto Figueiredo Guimarães, preso pela Operação Navalha, da Polícia Federal, pediu nesta quinta-feira exoneração do cargo. Preso no dia 17, ele deixou a prisão no último domingo.

Guimarães é mais um acusado de partipação no esquema de fraudes em licitações para a realização de obras a deixar o cargo em meio às investigações da PF sobre o caso. Os outros foram: Silas Rondeau (ministro de Minas e Energia), Ivo Almeida Costa (assessor especial do gabinete de Rondeau) e José Ribamar Lobato Santana (diretor do programa Luz Para Todos).

O presidente do BRB é acusado de influenciar na liberação de verbas para obras da construtora Gautama, quando prestava consultoria para o Estado do Maranhão, durante o governo de José Reinaldo Tavares (PSB).

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), aceitou o pedido de Guimarães, que já havia sido afastado na semana passada da direção do banco.

O diretor de controle e planejamento do BRB, Laécio Barros Júnior, assume interinamente o cargo.

Defesa

Em sua defesa, Guimarães divulgou nota nesta semana informando que as investigações da Polícia Federal sobre a suposta ligação dele com a máfia das obras não tem relação com sua atuação na instituição.

Ele informou que prestou serviços ao Estado do Maranhão durante o governo de José Reinaldo Tavares. "Essa atividade de consultoria nenhuma relação tinha com obras públicas, mas sim com a reestruturação das finanças do Estado. O trabalho foi muito bem sucedido, apresentando um excelente resultado de reequilíbrio das contas públicas."

Ele informou ainda que a Gautama, empresa que operava o esquema, era cliente de sua consultoria, a Planos Consultoria Financeira. "A consultoria prestada a esse grupo nunca se relacionou com obras públicas em Estados da federação, mas na estruturação de operações nas áreas de concessão de água e esgoto e geração de energia através de pequenas centrais hidrelétricas."

Preso no dia 17, Guimarães conseguiu no dia 20 a revogação de sua prisão no STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta terça-feira, ele foi ouvido pela ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que expediu os mandados de prisão da Operação Navalha.
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