Oito pessoas foram presas na operação: três desembargadores, um juiz, dois advogados, uma funcionária do TJ e um procurador do MP do ES. Todos suspeitos de participar de esquema de venda de sentenças.
Na investigação de um esquema de venda de sentenças, a Polícia Federal prendeu o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, outros dois desembargadores, um juiz e dois advogados.
No início da manhã desta terça-feira, o prédio do Tribunal de Justiça foi fechado. Por mais de uma hora, os funcionários ficaram do lado de fora, enquanto agentes federais vasculhavam os gabinetes.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos presos na operação, apenas os cargos que ocupam, mas informou que o presidente do Tribunal de Justiça do estado é um deles: o desembargador Frederico Pimentel.
Segundo a Polícia Federal, foi apreendido dinheiro na casa de um outro desembargador. “É um montante que ainda vai ser contado por uma máquina. São muitas cédulas, mas não tem um quantitativo ainda", afirma Jader Lucas, superintendente da PF no Espírito Santo.
Ao todo, oito pessoas foram presas: três desembargadores, um juiz, dois advogados, uma funcionária do Tribunal de Justiça e um procurador do Ministério Público Estadual. Eles foram trazidos para a Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo. O grupo é suspeito de participar de um esquema de venda de sentenças.
Segundo as investigações, os envolvidos recebiam dinheiro para garantir que determinados processos fossem encaminhados a desembargadores ligados ao esquema. Ainda de acordo com a Polícia Federal, esses desembargadores davam decisões favoráveis a quem fornecia a propina.
Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão. As prisões são temporárias e têm validade de cinco dias. No fim da tarde, os presos foram transferidos para Brasília, onde serão interrogados.
O vice-presidente do Tribunal de Justiça, Álvaro Bourguignon, que assumiu o comando do órgão, disse como reagiu à operação da Polícia Federal.
“Eu reagi como qualquer um reagiu: surpreso. Uma notícia dessa natureza faz com que o Tribunal demore um bocado de tempo para reconstruir e para remoldurar sua imagem”, conta Bourguignon.
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