O envolvimento dos políticos e estruturas governamentais dos três poderes, inclusive do judiciário, com o crime organizado está pavimentando uma via já pedida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) desde sua fundação: se tornar um partido político e com seus integrantes anistiados, tendo plenos direitos civis.
DefesaNet
As investigações sobre os avanços do PCC na montagem de uma nova estratégia, aliciando políticos e patrocinando campanhas políticas em diversos pontos do país, não foi somente uma maneira de derrubar o Comando Vermelho e facções menores, mas de criar um sistema de governo paralelo típico dos “narcoestados”.
Luis Moura e representantes da Transcooper com Alexandre Padilha do PT |
A denúncia formal do advogado Gustavo Ferreira, de Suzano, ao GAECO, mostra a ligação de políticos da região, tanto o prefeito Rodrigo Ashiuchi e pelo menos seis vereadores. Em entrevista recente a Rádio Metropolitana de Mogi das Cruzes, ele afirmou que fiscalizará o transporte clandestino que é apontado como um braço do PCC. Mas disse que não conhece e nem foi apoiado por criminosos ligados ao tráfico.
Um dos articuladores do transporte clandestino desmente o prefeito. “Apoiamos a candidatura porque ele fez uma promessa de aprovar a nossa categoria”, afirmou Junior Bernardino Barbosa, diretor da J.J. Transporte Turismo e Locação LTDA., empresa cooperativa criada para dar caráter oficial aos perueiros clandestinos da região. “Nós colocamos esperança nisso.” No dia 08 de novembro eles pararam a cidade com faixas e cartazes com a sigla PCC (Prefeito Cumpra o Combinado).
O GAECO fará intimações a todos os envolvidos e já está em curso operações da Polícia Federal e do Ministério Público para prender políticos que estão ligados ao crime organizado. O grande nome por traz disso, segundo informações da área de inteligência recebidas pelo DefesaNet, é o ex-deputado do PT, Luis Moura, que hoje é um dos caciques do PDT. Sua atividade junto ao transporte clandestino, sempre foi marcante, ao ponto de chegar às paginas policiais.
Moura foi encontrado na sede de uma cooperativa de clandestinos ligada ao crime organizado numa batida policial quando negociava com os marginais. Ele se safou por ser deputado. Sua base eleitoral é a zona leste de São Paulo, onde se concentra o cérebro do PCC. E é o grande articulador dos lobistas no congresso nacional para tornar a facção criminosa como partido político e anistiar seus integrantes, como revela a fonte do DefesaNet.
Como a situação tem avançado, uma imensa articulação política está em curso para transformar o PCC num partido político, como ocorreu com as FARC, que nunca foi reconhecida no Brasil como grupo terrorista e criminoso e ganhou apoio extra nos governos de Lula e de Dilma Rousseff. Com o acordo com o governo da Colômbia, patrocinado por Cuba, que teve a FARC como “movimento social” e anistiou seus integrantes de crimes de sequestro, tráfico, terrorismo, latrocínio, homicídio, roubo, cárcere privado entre diversos outros, o mesmo caminho deve ser seguido pelos advogados e deputados ‘contratados’ pelo PCC para postularem a causa.
Com o lançamento da campanha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo federal, ressurgiram nas redes sociais uma série de reportagens e fotos dele com lideranças do PCC. Alckmin, em 2010, apareceu abraçado com o então candidato a deputado estadual Ney Santos, acusado de ligação com o PCC e prefeito eleito de Embu das Artes. As denúncias de acordos entre o governo paulista vem desde o período de Mario Covas, nos anos 90.
Governador Alckmin sendo abraçado por Ney Santos |
O advogado Alexandre Moraes, Ministro da Justiça, e ex-Secretário de Segurança Pública do governo tucano em São Paulo é uma prova da força do PCC. O advogado, depois de defender o PCC, surgiu como nome indicado pelo PSDB para secretaria de Alckmin e logo assumiu os postos mais altos do governo. Reportagem de 2015, do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que Alexandre de Moraes defendeu em 123 processos a cooperativa de perueiros Transcooper, que atua em São Paulo. A empresa era investigada por supostamente ser uma “lavanderia” do dinheiro obtido pelo PCC com o crime.
Naquela ocasião, Alexandre de Moraes, que era secretário de Segurança de São Paulo, informou ter renunciado “a todos os processos que atuava como um dos sócios do escritório de advocacia” após assumir o cargo no governo paulista, como ressaltou reportagem da Gazeta do Povo. Hoje Moraes, que saltou de um simples promotor de justiça para diversos cargos na prefeitura de São Paulo e no governo paulista, é ministro do Supremo Tribunal Federal.
O jutrista Alexandre de Moraes chega ao Supremo Tribunal Federal aos 49 anos | Marcelo Camargo/Agência Brasil |
“Estamos seguindo o mesmo caminho da Colômbia aqui, na verdade somos um estado muito mais corrompido que nosso vizinhos. Aqui não tem um Pablo Escobar e uma Medellin, mas vários chefes em várias cidades. O PT e Fidel Castro, quando montaram o Forum de São Paulo, trouxeram essa engenharia política junto e estamos sofrendo as consequências, pois ela não escolhe partido, escolhe sim o poder”, argumentou o agente.
O Ministério Público Federal (MPF) praticamente abandonou as ações contra o Crime Organizado e as Corporações Criminais nos últimos 10 anos. Escolhendo e induzindo, de forma marxista, a ação contra “a corrupção” como o maior inimigo nacional. Seguiu a linha direcionada desde Havana.
Infiltração nas Forças Armadas através de ONGs. Este processo é sutil e tem avançado celeremente. DefesaNet tratará deste processo de infiltração e os seus atores.
A imprensa praticamente linchou o novo Diretor–Geral da Polícia Federal, Delegado Segóvia, quando esse afirmou, que durante sua gestão o foco seria o crime organizado. No discurso de posse teve de retificar e dizer que continuaria na luta contra a corrupção.
A legislação imposta e produzida cuidadosamente para as eleições colocará a maioria dos candidatos ao alcance do Crime Organizado para o financiamento de campanhas. Não só isto mas também a sua segurança pessoal, como ocorreu nas últimas eleições, com vários candidatos mortos, no Rio de Janeiro.
Nota DefesaNet
Recomendamos aleitura da matéria do GenEx Pinto Silva
Gen Pinto Silva - Luta pelo Poder no Brasil DefesaNet Link
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