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STF manda libertar Zuleido

Dono da Gautama e mais quatro investigados deixam cadeia. Os 48 presos pela PF estão soltos

O Dia

Rio - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas-corpus determinando a libertação, ontem à noite, do empresário Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama, empresa acusada de liderar as fraudes flagradas pela Operação Navalha da Polícia Federal. Zuleido está preso há 13 dias na sede da PF, em Brasília, e a expectativa era de que ele fosse libertado até o fim da noite.

O STF concedeu ainda a liberdade para outros quatro investigados na operação: Vicente Vasconcelos Coni, Maria de Fátima Cesar Palmeira, João Manoel Soares Barros e Abelardo Sampaio Lopes Filho. Com a decisão, os 48 presos pela Polícia Federal na Operação Navalha estão soltos.

Na segunda-feira, o filho do empresário, Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, foi libertado após prestar depoimento à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, por decisão o STJ.

No último sábado, Zuleido Veras se recusou a depor. Segundo o advogado , a orientação partiu da defesa, que queria primeiro ter acesso a documentos ainda não disponibilizados no inquérito, como os relatórios sobre os resultados das buscas e apreensões. “O depoimento dele é o mais importante. Não é possível permitir que ele fale sem examinarmos com profundidade a documentação e ter acesso à integralidade dos autos do inquérito”, disse Pacheco.

Hoje, a PF deve pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal de todos os envolvidos na máfia das obras públicas. O objetivo é obter mais provas dos supostos pagamentos de propinas pela Gautama. A construtora pode ser declarada inidônea para realizar obras públicas. A orientação foi dada ontem pela Controladoria Geral da União (CGU).

O empreiteiro Zuleido Veras, qualificado como “chefe dos chefes” na suposta máfia das obras, é um personagem conhecido no circuito do poder de Brasília há mais de duas décadas. Até o fim do governo Collor, chefiava o escritório da OAS na capital federal. Teve tanto sucesso nos negócios que decidiu desligar-se da construtora e abrir empresa própria — a Gautama.

A carteira da empreiteira inclui contratos obtidos a partir de licitações no governo federal, em Estados e municípios em valor aproximado de R$ 1,5 bilhão.

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