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Mota da Coopasa e filhos são denunciados pelo Ministério Público

Rodrigo Rainer – O Fluminense

O vereador gonçalense Edson da Silva Mota, o Mota da Copasa, de 53 anos, e dois filhos - Andre da Silva Mota e o policial militar Edson de Abreu Mota, o Edinho - foram denunciados ontem pela promotora Lisângela Erthal, da 3ª Vara Criminal de São Gonçalo. Eles são acusados de formação de quadrilha armada a fim de cometer crimes, em especial os de ameaça, constrangimento ilegal, extorsão, estelionato, atentado contra a liberdade de trabalho, coação no curso do processo e homicídio.


Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, "os três e mais um grupo de seguranças criaram uma verdadeira máfia do transporte alternativo no município de São Gonçalo, voltada para a tomada de linhas de cooperativas mais fracas, que sistematicamente eram transferidas para a Coopasa, dirigida pela quadrilha".


Ainda de acordo com a denúncia, "em 1999, o vereador passou a dividir um veículo de transporte alternativo com o filho André, mas os dois não foram aceitos para trabalhar na área que já era explorada pela Cooperativa Santa Isabel. Com a recusa, os dois se associaram a Edinho e vários seguranças e, utilizando-se de ameaças com o emprego de armas de fogo, invadiram as linhas da Santa Isabel, formando então, a cooperativa Coopasa, que passou a ser presidida por Mota e por André, que lá colocaram seus próprios motoristas."


No documento, consta também que "o presidente da Santa Isabel na época, Maurício dos Santos Silva, passou a ser ameaçado de morte e acabou sendo assassinado em março de 2004, em homicídio que está sendo apurado pela 75ª DP (Rio do Ouro). Após o crime, assumiu a presidência da Santa Isabel Márcio Valério de Oliveira Falcão, que também teria passado a sofrer ameaças de morte."


Mota e André foram presos por policiais da 74ª DP (Alcântara), no dia 4. Na semana passada, a Justiça já havia expedido as prisões preventivas dos dois, que deverão ficar encarcerados até o julgamento, caso os seus advogados não consigam liminares para que eles respondam ao processo em liberdade.

Sargento reformado da Marinha, Mota está preso na carceragem do Primeiro Distrito Naval, no Rio de Janeiro, enquanto André está detido na carceragem da Polinter de Neves, em São Gonçalo. Procurados pela equipe de reportagem, os advogados dos dois não quiseram dar declarações sobre o caso. Já o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Dilvan Aguiar (DEM), não foi encontrado para comentar o assunto.

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