Berg foi filmado recebendo suposta propina e chegou a passar quatro meses preso. Apesar da absolvição na casa, ele segue afastado do cargo pela Justiça.
Por G1 PB
Após uma sessão que durou mais de 15 horas, a Câmara Municipal de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, decidiu na madrugada deste sábado (30) pela não cassação do mandato do prefeito Berg Lima (sem partido), afastado do cargo em julho deste ano após ser filmado recebendo suposta propina. No total, Berg teve 10 votos a favor e 7 contra. Para ter o mandato cassado, era preciso ter pelo menos 12 votos contra.
Correligionários contra Berg Lima levaram faixas pedindo o retorno do prefeito afastado para prisão (Foto: Hebert Araújo/TV Cabo Branco) |
A sessão estava marcada para as 8h30 (horário local) da sexta-feira, mas só começou com duas horas de atraso. Antes do início da sessão, houve uma confusão na frente da Câmara. O tumulto foi entre grupos contra e a favor da cassação de Berg Lima. A confusão foi contida por agentes da Guarda Municipal e por policiais militares. Um homem chegou a ser detido pela PM e levado para a Central da Polícia Civil, onde foi ouvido e liberado em seguida.
Uma segunda confusão foi registrada pouco antes do início da sessão, por volta das 10h30, depois que as pessoas que ficaram do lado de fora da Câmara reclamaram que o equipamento de som que iria transmitir o áudio da sessão foi removido por falta de autorização para instalação. As pessoas tentaram entrar no prédio e foi preciso a intervenção da Guarda Municipal.
A sessão se estendeu pela madrugada deste sábado e foi toda transmitida, ao vivo, pelo canal no Youtube da Câmara Municipal de Bayeux. Durante a sessão, foram averiguados documentos e gravações com depoimentos de testemunhas e do próprio Berg Lima. Em seguida, os vereadores tiveram 15 minutos para pronunciamento. A defesa de Berg teve duas horas para se pronunciar. O fim da sessão aconteceu por volta das 2h30.
Berg Lima é suspeito de receber propina de um fornecedor da prefeitura. O recebimento do dinheiro foi gravado em vídeo. A prisão de Berg Lima foi realizada em 5 de julho, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em parceria com a Polícia Civil. No mesmo dia, ele foi afastado da Prefeitura de Bayeux.
O político só foi solto mais de quatro meses depois, em 28 de novembro, por força de um habeas corpus. Porém, mesmo livre, a Justiça determinou que ele não pode sequer acessar as dependências da prefeitura, permanecendo afastado do cargo mesmo com a absolvição na Câmara.
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