Do Jornal da Globo
Em um mês, sete bebês morreram em Sergipe porque não puderam ser operados. O único hospital público de Aracaju que faz cirurgias cardíacas está com os equipamentos parados, de acordo com reportagem do Jornal da Globo. O Hospital do Coração, que é particular e tem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), limita os atendimentos porque, segundo a direção, o repasse financeiro não compensa.
O impasse levou José Hamilton dos Santos, pai do bebê Vítor, ao Ministério Público de Sergipe. O menino, que ainda não completou um mês de vida, já foi operado uma vez, mas precisa de uma outra cirurgia no coração. "Eu faço um apelo aqui a quem está lá em cima, às autoridades: façam alguma coisa para salvar essas vidas, porque hoje é o meu filho, amanhã pode ser o de qualquer um da sociedade", alertou.
Santos teme que o filho não resista – como aconteceu com Ana Vitória, de três meses e oito dias. Ela morreu com uma infecção generalizada, provocada pelo mau funcionamento do coração. Também precisava realizar uma cirurgia, mas os equipamentos do hospital, público, que faz esse procedimento não estão funcionando por falta de manutenção.
Os pais dela também procuraram o Ministério Público. Ana Vitória acabou sendo incluída numa lista de espera para ser operada no Hospital do Coração, mas acabou morrendo antes de que chegasse sua vez. Atualmente, a lista de espera por cirurgias tem três bebês em estado grave, que devem ser operados até o fim de janeiro.
“Tem que ser feito alguma coisa por essas crianças que estão na lista das cirurgias, senão vai acontecer o mesmo que aconteceu com minha filha”, cobrou Edvan Silva Duarte, pai de Ana vitória.
O G1 procurou o Governo estadual, mas ainda não obteve retorno.
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